Artigos Originais
Pequenas cidades, grandes problemas urbanos: a realidade de São Sebastião da Amoreira (PR)
Small towns, vast urban problems: the reality of São Sebastião da Amoreira, Brazil
Pequeñas ciudades, grandes problemas urbanos: la realidad de São Sebastião da Amoreira, Brasil
Pequenas cidades, grandes problemas urbanos: a realidade de São Sebastião da Amoreira (PR)
Vértices (Campos dos Goitacazes), vol. 20, núm. 1, 2018
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense
Recepción: 01 Noviembre 2017
Aprobación: 27 Febrero 2018
Resumo: Os problemas urbanos existem desde as primeiras cidades capitalistas, especialmente por esse modelo privilegiar o capital em detrimento do social. Por isso, o objetivo principal deste artigo é demonstrar que pequenas cidades possuem problemas semelhantes e até maiores que grandes cidades, uma vez que se assentam no mesmo modelo de urbanização. Assim, o artigo desmitifica a visão de que as pequenas cidades são espaços sem problemas urbanos e que somente os grandes centros possuem ausência de serviços de saúde, educação, geração de renda, segurança, entre outros problemas. O estudo ocorre na pequena cidade de São Sebastião da Amoreira, localizada no interior do estado do Paraná. A pesquisa apresenta os principais problemas urbanos a partir da percepção dos habitantes locais, além do histórico e dos indicadores demográficos e sociais. Para isso, foram utilizados os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico e de dados, aplicação de questionários à população da cidade e pesquisas descritivas e registros fotográficos sobre os principais problemas urbanos. O intenso descuido com a cidade resultou em diversos problemas urbanos, sendo que os mais considerados pela sociedade local foram: serviços de saúde, infraestrutura asfáltica e ausência de geração de empregos. Uma consequência da existência desses problemas é o esvaziamento demográfico, já que a população desiste de residir na cidade, mudando-se para outras localidades.
Palavras-chave: Pequenas cidades, Problemas urbanos, São Sebastião da Amoreira (PR).
Abstract: Urban problems exist since when the first capitalist cities appeared, especially because of its unfairness. For this reason, one of the main objectives of this research is show the Brazilian small towns has similar or even bigger problems than big cities, since they are in the same model of urbanization. Thus, this research demystify the perspective of small towns like spaces without urban problems and that only major centers have absence of health services, education, income generation, security, among others problems. The study happens at a small town called São Sebastião da Amoreira, located in the hinterland of Paraná’s State. The survey brings the main urban problems of the city, pointed out by local inhabitants, history and by demographic and socials indicators. For this, have been used these research methods: bibliographic and date survey, application of questionnaires with city’s population, descriptive researches and photographic records about the essential urban problems. The intense carelessness with the city resulted in many urban problems and the most considered by society were: health services, asphaltic infrastructure and absence of creation of jobs. Therefore, it is concluded that population give up of reside in the city that has been facing a demographic emptying.
Keywords: Small town, Urban problems, São Sebastião da Amoreira (Brazil).
Resumen: Los problemas urbanos existen desde las primeras ciudades capitalistas, especialmente por ese modelo privilegiar el capital en detrimento de lo social. Por eso, el objetivo principal de este artículo es demostrar que pequeñas ciudades poseen problemas similares e incluso mayores que grandes ciudades, una vez que se asientan en el mismo modelo de urbanización. Así, el artículo desmitifica la visión de que las pequeñas ciudades son espacios sin problemas urbanos y que sólo los grandes centros poseen ausencia de servicios de salud, educación, generación de ingresos, seguridad, entre otros problemas. El estudio se realiza en la pequeña ciudad de São Sebastião da Amoreira, ubicada en el interior del Estado de Paraná, Brasil. La investigación presenta los principales problemas urbanos a partir de la percepción de los habitantes locales, además del histórico y de los indicadores demográficos y sociales. Para ello, se utilizaron los siguientes procedimientos metodológicos: levantamiento bibliográfico y de datos, aplicación de cuestionarios en la población de la ciudad e investigaciones descriptivas y registros fotográficos sobre los principales problemas urbanos. El intenso descuido con la ciudad resultó en diversos problemas urbanos, siendo que los más considerados por la sociedad local fueron: servicios de salud, infraestructura asfáltica y ausencia de generación de empleos. Una consecuencia de la existencia de estos problemas es el vaciamiento demográfico, ya que la población desiste de residir en la ciudad, cambiando a otras localidades.
Palabras clave: Pequeñas ciudades, Problemas urbanos, São Sebastião da Amoreira (Brasil).
1 Introdução
Os problemas urbanos existem desde o início das primeiras cidades capitalistas e se ampliam constantemente uma vez que são recorrentes, em muitos casos, pela própria fragilidade da organização espacial urbana. Assim, imagina-se, segundo senso comum, que os problemas urbanos ocorram apenas nos grandes centros, como São Paulo e Curitiba, devido ao crescimento desenfreado que enfrentaram a partir do êxodo rural, que transferiu milhões de pessoas para as áreas urbanas. No entanto, tais problemas estão presentes em todas as classificações de cidades, sejam metrópoles, médias ou pequenas, uma vez que elas se vinculam ao modo de produção capitalista, que, por essência, é excludente e desigual. Nas pequenas cidades, alguns desses problemas são, muitas vezes, mascarados ou escondidos, de tal modo que parte dos moradores não os percebe.
Por isso, o objetivo principal deste artigo é demonstrar que as pequenas cidades, embora pequenas demograficamente (e até espacialmente), possuem grandes problemas, uma vez que esses percalços representam o modelo de urbanização capitalista. Para isso, são analisados os problemas urbanos da pequena cidade de São Sebastião da Amoreira, localizada no Norte do estado do Paraná.
Os objetivos específicos são: apresentar o contexto histórico, social e econômico de São Sebastião da Amoreira, com a finalidade de entender sua construção, evolução e urbanização desde a consolidação municipal; discorrer acerca da base teórica desta pesquisa — pequenas cidades e problemas urbanos; e demonstrar a realidade atual da cidade de São Sebastião da Amoreira, especialmente quanto aos principais problemas enfrentados pela população local.
Os procedimentos metodológicos utilizados para a construção deste artigo foram: levantamento bibliográfico de assuntos pertinentes ao tema, levantamento de dados secundários do município, realização de trabalho de campo com aplicação de questionário à população local e realização da redação final deste artigo. O trabalho de campo foi desenvolvido em duas etapas por um dos pesquisadores, o qual realizou um treinamento com o professor que referencia a metodologia de aplicação do questionário.
A primeira pesquisa ocorreu no centro da cidade, no dia 27 de abril de 2016, no período das 10h às 16h. Ela foi norteadora e correspondeu à aplicação do Questionário A (em anexo), com o objetivo de reconhecer preliminarmente os principais problemas urbanos de São Sebastião da Amoreira. Nesse primeiro questionário, havia apenas uma pergunta objetiva contendo dez alternativas, entre as quais os respondentes poderiam assinalar até três alternativas. Sendo assim, foram aplicados 64 questionários entre os moradores do local, sendo todos maiores de 18 anos de idade. O segundo, o Questionário B (em anexo), foi realizado na área central de São Sebastião da Amoreira entre os dias 24 e 27 de agosto de 2016, no período das 9h às 16h. Ele é mais completo e composto por perguntas dissertativas e objetivas, resultando em dez questões no total. Nessa etapa da pesquisa, foram aplicados 64 questionários à população local.
A metodologia para quantificar o número de respondentes é referenciada por Fernandes (2017). Nela, inicia-se desconsiderando, da população total do município, as pessoas com menos de 18 anos de idade e, depois, define-se uma amostragem como quantidade de questionários. Em São Sebastião da Amoreira, existem, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), 6.132 habitantes maiores de 18 anos de idade; a partir desse número, da metodologia e da proporção das faixas etárias da pirâmide etária, atingiu-se o patamar de 64 questionários. A margem de erro da pesquisa ficou em 7,24% e a confiabilidade em 90%, conforme cálculos da Plataforma Solvis (2017).
O município de São Sebastião da Amoreira está localizado no Norte do estado do Paraná, na Mesorregião do Norte Pioneiro Paranaense e na Microrregião de Assaí (IBGE, 2016). O município possui uma área de 228 quilômetros quadrados e contém 8.952 habitantes, dos quais 88% são moradores da área urbana, gerando uma densidade demográfica de quase quarenta habitantes por quilômetro quadrado (IBGE, 2010, 2016).
O contexto histórico de São Sebastião da Amoreira se vincula ao cultivo cafeeiro e algodoeiro na década de 1940 (IBGE, 2016). Mas, atualmente, São Sebastião da Amoreira conta, predominantemente, com atividades econômicas voltadas à agricultura, pecuária e agroindústrias (SÃO SEBASTIÃO DA AMOREIRA, 2017). Já o comércio e o serviço são frágeis e pouco diversificados, forçando os habitantes locais a buscarem oportunidades de trabalho, saúde e educação em cidades vizinhas, sobretudo Londrina e Assaí.
2 Pequenas cidades
O conceito de cidade é muito amplo e pode ter múltiplas interpretações, uma vez que cada autor defende a sua corrente de pensamento. Assim sendo, a cidade é compreendida por possuir a sua dinâmica territorial particular, desempenhando tarefas distintas.
Portanto, as cidades existem em todo o mundo e se apresentam em diferentes tamanhos, mas nenhuma é igual a outra: cada uma delas tem a sua história; contém a sua própria identidade, marcada por diferenças e semelhanças em relação a outra cidade; existem as pessoas que lá moram; etc. mesmo assim todas têm em comum uma característica: em seu território, ocupados por edificações, vários terrenos e vias de circulação. (SPÓSITO, 1994, p. 13).
Essas características são de suma importância para a compreensão das cidades, sejam elas pequenas, médias ou grandes. Dessa maneira, a cidade pode ser entendida como sendo uma obra coletiva, gerada em razão das relações que desenvolve durante o processo histórico (CARLOS, 1992). Nesse sentindo, as cidades possuem formas, características e funções distintas, já que nascem com o objetivo de organizar um determinado espaço (CARLOS, 1992). Contudo, o enredo do conceito de cidade é polissêmico, embora a maioria dos autores utilize a mesma linha de raciocínio de que ela é uma construção social, desde as correntes mais antigas até os autores contemporâneos.
A definição de cidade vai além de ser ela somente uma área urbanizada. Suas relações, símbolos, costumes e/ou conteúdos fazem distinção entre as cidades, e, por mais que possuam os mesmos problemas, elas não são idênticas. No entanto, ainda que não sejam iguais, apresentam dinâmicas similares, cada uma com suas atividades comerciais e equipamentos de serviços públicos e privados (ENDLICH, 2006), ocorrendo, desse modo, uma variação entre os tamanhos das cidades.
Na leitura do IBGE e de diversos autores, as cidades são classificadas tanto de modo quantitativo, ou seja, vinculado aos patamares demográficos e/ou às densidades demográficas, quanto de modo qualitativo, isto é, vinculando-se diretamente à influência e ao papel que a cidade desempenha na rede urbana (FERNANDES, 2012).
Quanto à questão demográfica, Bacelar (2009) afirma que as pequenas cidades são aquelas com população inferior a dez mil habitantes. Moreira Junior (2014) concorda, porém acrescenta uma leitura qualitativa, alegando que elas precisam também desenvolver atividades rurais, predominantemente agroindustriais. Figueiredo (2008) tem a mesma concepção dos autores anteriores em relação ao número máximo de habitantes das pequenas cidades e as considera muitas vezes marginalizadas, pois os olhares se voltam para as cidades maiores.
Segundo Santos (1981 apud FERNANDES, 2012), a média de população para uma pequena cidade é de vinte mil habitantes. Pereira (2007) concorda com esse patamar e insere uma análise qualitativa: “possuem uma relação direta com atividades rurais e forte dependência do poder público, em todas as suas esferas” (PEREIRA, 2007, p. 175).
No caso do Norte do estado do Paraná, a leitura norteadora, elaborada por Fernandes (2017, p. 67), “considera o patamar máximo de cinquenta mil habitantes para a classificação em pequena cidade, com exceções, explicadas [...] na perspectiva qualitativa”. Assim, o referido autor transita por abordagem quantitativa (norteadora) somada à análise qualitativa (conclusiva). As exceções referem-se às cidades que desempenham papéis de centros de zona, ou seja, “embora tenham menos de cinquenta mil habitantes [...], apresentam área de influência regional, como os casos de Ivaiporã, de 31,8 mil habitantes [...], e de Cornélio Procópio, de 46,9 mil habitantes [...]. Logo, a partir desse procedimento, vinte centros de zona não são considerados como pequenas cidades.” (FERNANDES, 2017, p. 67).
Portanto, a definição das cidades pequenas (igualmente das cidades médias e metrópoles) passa por um limiar quantitativo populacional e, principalmente, por um limiar qualitativo referente aos papéis desempenhados na rede urbana. Uma característica inerente às cidades pequenas é o envelhecimento populacional: “é frequente, no caso brasileiro, a saída de população jovem da pequena cidade em busca de melhores condições de vida nos grandes centros” (SOARES; MELO, 2010, p. 244). Além disso, “ao mesmo tempo ocorre que as pequenas cidades, em geral, não conseguem reter a população expulsa do campo, assim como os próprios moradores urbanos, devido à ausência de um setor econômico dinâmico gerador de empregos, bem como de serviços educacionais que possibilitem formação técnica e superior.” (SOARES; MELO, 2010, p. 244).
Também se explicam os motivos que levam à perda demográfica, entendida pela saída dos habitantes das pequenas cidades, pelos problemas urbanos que esses espaços apresentam em seu meio. Segundo Melo (2008, p. 281), “as pessoas, sobretudo jovens, tendem a sair desses locais [...] em busca, principalmente, de oportunidades de emprego e estudo”. Além desses, outros “fatores ligados às condições de vida em geral (saúde, esporte, lazer, melhores condições em relação à oferta de equipamentos urbanos, bens e serviços, custo de vida, nível salarial)” (MELO, 2008, p. 281), inclusive o consumo, também motivam essa saída.
Portanto, por mais que as pequenas cidades possuam características que as tornem únicas, elas apresentam problemas semelhantes — e até mais graves, dependendo do caso — que as cidades maiores. É uma perspectiva relativamente nova e que precisa ser ampliada na universidade. Além do mais, com relação às pequenas cidades, existe a ilusão de serem produzidas aleatoriamente e, sobretudo, pelo capital local.
Na realidade, a produção e reprodução do espaço urbano das pequenas cidades, embora reduzido ao ser comparado com uma cidade média e/ou uma metrópole, seguem a mesma lógica das localidades de maior patamar demográfico, já que refletem o mesmo modo de urbanização enfrentado por todas as cidades brasileiras. Por isso, esse quadro de pesquisa é alicerçado em um referencial maior. Em síntese, embora existam diferenças na produção e nas práticas socioespaciais, assim quanto à estrutura, forma e função, as cidades brasileiras se assemelham como espaços construídos a partir da lógica capitalista, do interesse do capital na sua produção e reprodução e na difusão de problemas urbanos.
Esse modo de urbanização é vinculado ao modo de produção capitalista e ao fenômeno de globalização. Tais fenômenos inserem as cidades locais em redes internacionais de consumo e de produção do capital. No entanto, o modo de produção capitalista utiliza-se dos espaços das pequenas cidades de acordo com os seus interesses, aproveitando suas potencialidades. Apesar disso, ele condiciona a vida de todas as cidades, uma vez que as vinculam à ordem global. As pequenas cidades não são, desse modo, ilhas isoladas e desconectadas das redes.
3 A produção do espaço urbano e os problemas urbanos
O espaço urbano é mencionado com frequência nas obras de diversos autores que buscam explicar como aconteceu a formação espacial. No entanto, Corrêa (1994) é o autor de maior alcance geográfico. Segundo ele, no espaço urbano podem ser encontrados diferentes usos do solo, os quais podem, no entanto, ser desiguais e acarretarem diversos conflitos sociais, já que cada agente usa seus solos de modo diferente dos demais, resultando, assim, em uma fragmentação do espaço, repartido de acordo com os atributos geográficos do local.
Os centros comerciais e os serviços públicos e privados normalmente ficam localizados na área central, acompanhados das áreas residenciais das elites e as áreas de lazer; as áreas secundárias ficam mais distantes do centro e, geralmente, são destinadas às classes menos favorecidas (CORRÊA, 1994). Mesmo com essa fragmentação, os locais permanecem articulados já que neles ocorrem os diversos fluxos, como de pessoas, mercadorias, entre outros, fazendo com que permaneça um vínculo entre todas as localidades (CORRÊA, 1994).
É comum, em fragmentos do espaço urbano, a existência de sérios problemas sociais, como pobreza, poluição, ausência de serviços públicos, entre outros. Essa desigualdade de acesso ao espaço, além de provocar a exclusão de uma parcela da população, ocasiona diversos conflitos sociais (CORRÊA, 1994). Evidentemente, essa lógica é imperfeita em muitas realidades brasileiras, inclusive das pequenas cidades.
Uma consequência da produção e reprodução do espaço urbano a partir dos agentes produtores dele são os problemas urbanos que assolam o espaço e que decorrem do modo como o sistema capitalista se desenvolveu (FERNANDES, 2012), entre eles, “a falta de habitação, escolas, saneamento básico, hospitais, transportes coletivos, água potável e até de lazer público e gratuito” (FERNANDES, 2012, p. 30).
Os problemas urbanos existem desde as primeiras cidades capitalistas e ainda existirão por um tempo indeterminado, já que as áreas urbanizadas, produzidas no âmbito do modo de produção capitalista, estão em constantes transformações. Nesse sentido, as cidades são concebidas, antes de tudo, como espaços de relações pessoais, de atuação de uma sociedade, transformando esse espaço em palco de lutas de todas as classes sociais (SCHURMANN, 1978).
No Brasil, Priori (2012) considera que os problemas urbanos são decorrentes da mecanização do campo, ocorrida em meados do século XX, que transformou a agricultura tradicional em agricultura extensiva a partir da incorporação de tecnologia no campo, como consequência do interesse na ampliação da produção. Conquanto, naquele momento, a mecanização do campo tenha ocorrido de modo desigual, ou seja, tenha acabado não contemplando todos os produtores, beneficiando, principalmente, os grandes, uma vez que eram os proprietários que tinham maior facilidade na obtenção desses recursos, enquanto que os pequenos proprietários rurais não contavam com essa reserva financeira (BALSAN, 2006). Com isso, os pequenos produtores buscaram créditos bancários para aquisição de produtos especializados, como os insumos, maquinários agrícolas, sementes, adubos, entre outros produtos, que resultou, em muitos casos, em um endividamento, forçando-os a venderem suas terras (BALSAN, 2006).
Além disso, no caso paranaense, esses pequenos agricultores estavam endividados pela quebra do preço do café e, de imediato, relutavam pela substituição do modelo de produção (ENDLICH, 2006). Consequentemente, as pequenas propriedades foram compradas pelos grandes latifundiários, de tal modo que sobreviver no campo tornou-se ainda mais difícil, tendo em vista que as máquinas substituíram a função do homem, fazendo com que eles perdessem seus empregos, intensificando a migração campo-cidade (SOUZA, 2011).
Esse novo padrão de desenvolvimento da área rural resultou na exclusão do homem do campo, ocasionando, consequentemente, uma desordem no espaço rural, obrigando-o a buscar melhores condições de vida nos espaços urbanos, principalmente nas grandes cidades (BALSAN, 2006). As pessoas sentiam-se atraídas pelos grandes centros devido à forte influência dos meios de comunicação e dos recém-criados empregos industriais, fazendo com que migrassem para as cidades com a ilusão de que alcançariam melhor qualidade de vida. E, por não estarem preparadas para receber milhares de pessoas de forma muito rápida, esse processo de migração campo-cidade ocorreu de modo caótico (SCHURMANN, 1978).
Assim, os grandes centros eram movidos pelo capital; esse processo atraiu milhões de pessoas para esses espaços urbanos. Enquanto isso, as pequenas cidades começaram a perder sua população, sobretudo por motivos de desemprego, falho sistema de saúde, educação etc., cooperando com o próprio declínio demográfico. Consequentemente, as áreas metropolitanas cresceram de modo exorbitante sem planejamento adequado e sem estrutura para isso (RIBEIRO, 1996).
Assim, considerando que o planejamento para organizar o território não se consolidou, o espaço urbano tornou-se ainda mais vulnerável, resultando em diversos problemas urbanos, como conflitos sociais, violência, segregação espacial, miséria, desemprego, problemas ambientais, ausência de serviços de saúde, de educação, entre outros, os quais estão presentes no cotidiano das cidades, independentemente do tamanho espacial e demográfico.
Portanto, chega-se ao final do debate teórico-metodológico com a necessidade de realçar, mais uma vez, que geralmente existe a ilusão de que em pequenas cidades não há “grandes problemas”, criando um mito que as idealizam como cidades bucólicas e pacatas. Esse senso comum precisa ser desconstruído e o papel da academia e da pesquisa é fundamental. Por isso, na sequência apresenta-se a realidade de São Sebastião da Amoreira, uma pequena cidade do Norte paranaense, porém imensa em problemas urbanos.
4 Os problemas urbanos em São Sebastião da Amoreira (PR)
Os problemas urbanos, inclusive em pequenas cidades, são tão frequentes que podem ser cotidianamente visualizados na ausência de um remédio na rede de saúde, na falta de emprego ou oportunidades para os jovens, na insuficiência de vagas em creches ou escolas municipais, na ausência de policiamento e de estrutura de segurança, na infraestrutura deteriorada de prédios públicos, no asfalto da cidade e nas rodovias municipais para as áreas rurais, etc. No entanto, essas questões acabam passando despercebidas dentro do próprio município, pois são superadas pelas notícias diárias de problemas urbanos em grandes centros, sobretudo São Paulo e Curitiba.
Para compreender os problemas urbanos de São Sebastião da Amoreira, foram elaborados dois questionários, já explicados neste artigo. O Gráfico 1 apresenta os principais problemas desta cidade em 2016, como resultado do primeiro questionário aplicado, cujo objetivo central, chamado de preliminar, foi reconhecer os principais problemas urbanos, segundo os respondentes da localidade.
Desse modo, a violência e o asfalto/infraestrutura foram citados por mais de 50% dos respondentes, e os serviços de saúde e de geração de emprego e renda, por mais de 40%. Esses quatro problemas serviram de base para a aplicação do segundo questionário. É importante pontuar que outros problemas como a ausência de cultura/lazer e a ausência de habitação/moradia se destacaram, tendo sido lembrados por mais de 20% dos respondentes de São Sebastião da Amoreira; a ausência de saneamento básico, de educação e a poluição, cada um destes citado por mais de 10% dos respondentes, além da ausência de transporte público, que apareceu em apenas 7,8% das respostas, completam a lista dos problemas urbanos listados.
É possível perceber que o urbano local se encontra defasado em diversos sentidos, pois várias questões foram pontuadas, demonstrando a carência de serviços públicos essenciais. Os resultados preliminares nortearam a realização do segundo questionário, aplicado em agosto; quatro meses depois do primeiro, portanto. Nele, a seleção das idades proporcionalmente à pirâmide etária teve como objetivo ouvir a opinião de moradores de diferentes faixas de idade. Assim, quase 27% dos respondentes possuíam entre 18 e 29 anos, 20,3% entre 40 e 49 anos, 18,8% entre 30 e 39 anos, 15,6% se encontravam na faixa de 50 a 59 anos, e 18,8% com 60 anos ou mais. Do universo geral de respondentes, 48,5% eram homens e 51,5% mulheres.
Ainda no perfil dos respondentes, buscou-se perceber o local de sua residência para entender a dinâmica demográfica (saída e chegada de habitantes) e a oferta de serviços de saúde, como por exemplo, de maternidade. Os resultados mostraram que grande parte dos respondentes (61%) nasceu em municípios vizinhos e que apenas 39% nasceram em São Sebastião da Amoreira. O município de Assaí foi o mais citado, com quase 11% dos respondentes. Nele encontra-se a maternidade responsável por considerável parte dos nascimentos de São Sebastião da Amoreira.
Para finalizar o perfil dos respondentes, apresentam-se os resultados sobre o que eles mais gostam e o que menos gostam em São Sebastião da Amoreira. A Tabela 1 apresenta as características positivas de São Sebastião da Amoreira, em 2016, segundo os respondentes, enquanto a Tabela 2, os aspectos negativos. É possível perceber que os respondentes elencaram mais características negativas do que positivas na localidade.
Respostas | Proporção de respondentes |
Amigos/Comunidade local/Familiares | 18,7% |
Casa | 9,3% |
Sossego/Tranquilidade | 9,3% |
Nada | 7,8% |
Praça | 7,8% |
Cidade | 7,7% |
Bares e lanchonetes | 6,2% |
Festividades (bailes, rodeio, feira da lua) | 6,2% |
Movimento local | 6,2% |
Igreja | 4,6% |
Tudo | 3,1% |
Comércio | 2,5% |
Educação | 1,5% |
Limpeza | 1,5% |
Simplicidade | 1,5% |
Respostas | Proporção de respondentes |
Políticos | 21,8% |
Administraçãopública/Prefeito/Nepotismo | 20,2% |
Asfalto/Infraestrutura | 17,1% |
Limpeza | 17,1% |
Saúde (sem especialistas, sem remédios e hospital) | 15,6% |
Brigas/Criminalidade/Roubos/Segurança/Violência | 12,2% |
Tudo | 7,8% |
Ausência de empregos | 4,6% |
Drogas | 4,6% |
Alcoolismo | 3,1% |
Atendimento público/Pessoas incapazes em órgãos públicos | 3,1% |
Crianças na rua | 3,1% |
Saneamento básico | 3,1% |
Aparência da cidade | 1,5% |
Ausência de atividades esportivas | 1,5% |
Ausência de política de habitação | 1,5% |
Ausência de progresso | 1,5% |
Ausência e qualidade do comércio | 1,5% |
Comunidade local | 1,5% |
Iluminação pública | 1,5% |
Serviço público de educação | 1,5% |
Nesses questionamentos, o respondente pôde considerar livremente qualquer aspecto. Quanto aos aspectos positivos, os amigos, a comunidade local e os familiares foram citados por 18,7% dos respondentes de São Sebastião da Amoreira, aparecendo na primeira posição com o dobro de proporção da segunda colocada. Os demais elementos foram pouco citados, mostrando a dificuldade de os respondentes pontuarem aspectos positivos. A casa e o sossego/tranquilidade apareceram, cada um, em 9,3% de respondentes. As respostas extremistas “nada” e “tudo” ficaram respectivamente com 7,8% e 3,1% dos respondentes.
De modo geral, a pergunta sobre as qualidades do município demonstrou que parte dos respondentes não sabia se expressar sobre o que mais gostavam na localidade, ou seja, tiveram dificuldade em visualizar qualidades e já pontuavam as características negativas, sem ao menos esperar a próxima questão. Quanto aos aspectos negativos, os resultados mostraram que os políticos/a administração pública local, a partir de familiares ocupando cargos públicos, concentrou mais de 20% dos respondentes, configurando-se como o aspecto mais negativo de São Sebastião da Amoreira.
O segundo questionário avaliou a percepção dos respondentes com relação aos quatro principais problemas urbanos elencados no primeiro questionário: violência e segurança pública, asfalto e infraestrutura, ausência de serviços de saúde, e ausência de oportunidades de emprego e de geração de renda, respectivamente.
A violência foi considerada, no primeiro questionário, um problema urbano por quase 55% dos respondentes do município. Isso é reflexo dos altos índices de criminalidade na cidade, como os homicídios, que somaram, somente entre 2012 e junho de 2013, oito casos, tendo chegado a nove entre 1996 e 2011 (FERNANDES, 2017). A taxa de homicídio média em um período de 16 anos, entre 1996 e 2011, foi de 6,28 homicídios para 100.000 habitantes, enquanto que em dois anos, entre 2012 e 2013, a taxa de homicídio média foi de 44,68 para 100.000 habitantes, ou seja, um aumento significativo de 611%.
As motivações, segundo os respondentes, são: o uso e o tráfico de drogas, as brigas de festas e bares (associadas à bebida e às drogas), os crimes passionais ou por vingança, etc. O Gráfico 2 apresenta a avaliação da segurança pública feita pelos respondentes de São Sebastião da Amoreira no segundo questionário, em 2016.
No segundo questionário, quase 44% dos respondentes avaliaram a segurança pública como regular, e 26,6% avaliaram-na como ruim. Quase 17% consideraram que a segurança pública era boa em São Sebastião da Amoreira enquanto 12,6% trataram-na como péssima. Ninguém avaliou esse serviço como ótimo. Entre as respostas, destaque para uma dupla percepção: respondentes que falaram sobre a presença de policiais e respondentes que pontuaram a ausência de policiais.
O asfalto e a infraestrutura apareceram como o segundo problema urbano mais citado no primeiro questionário, com quase 52% dos respondentes. No segundo, esse item teve também a segunda pior avaliação. O resultado da comparação entre os quatro principais problemas urbanos mostrou que, pela percepção dos respondentes, havia grande degradação do asfalto em todas as áreas da cidade e que a infraestrutura local estava aquém das expectativas dos moradores. O Gráfico 3 apresenta a avaliação da infraestrutura, principalmente a asfáltica, em 2016.
O asfalto e a infraestrutura foram alvos de inúmeras reclamações. Um total de 40,6% dos respondentes afirmou que as condições eram péssimas, enquanto 32,8%, ruins, o que, somado, totaliza 73,4% dos respondentes. Para 20,3%, a condição era regular, e apenas 6% consideraram-na boa. Ninguém pontuou a classificação ótima para o asfalto e a infraestrutura. Analisando a rede asfáltica de São Sebastião da Amoreira, praticamente toda a área urbana tem problema com asfaltos degradados, isso quando ele existe na paisagem, já que, em inúmeros trechos, ele desaparece em buracos, conforme a Figura 1.
O terceiro problema urbano mais citado na primeira aplicação de questionário em São Sebastião da Amoreira, com quase 44%, foi o serviço público de saúde. Os resultados do segundo questionário mostraram que 38% dos respondentes consideraram o serviço de saúde no município péssimo ou ruim, ou seja, questionaram a insuficiência desse serviço no município. Já 43,7% avaliaram-no como regular, pontuando que não “está ruim, nem bom”. A avaliação considerada como “bom” ficou com 17% dos respondentes e ninguém opinou como ótimo.
No trabalho empírico, foi constatado que o serviço público de saúde do município não possui médicos e especialistas suficientes, encontrando-se o hospital da cidade parcialmente fechado, atendendo apenas os casos de urgência e emergência em clínico geral. No posto de saúde, os pacientes esperam horas para serem atendidos e, muitas vezes, ao chegar sua vez, já não há mais senha para as consultas. Com relação a isso, dois respondentes relataram não conseguir atendimento no posto de saúde, ainda que tivessem chegado ao local passando mal.
Foi possível constatar também que efetivamente não há um hospital, mas somente um “postão”, com poucos médicos (revezando em escala e em atendimento de clínico geral), muitas horas de espera por atendimento e nenhum médico especializado. A saúde é um problema urbano gravíssimo, uma vez que influencia diretamente no bem-estar social, na qualidade de vida e até na vida ou óbito de uma pessoa. A maioria dos respondentes de São Sebastião da Amoreira destacou a busca por serviços de saúde em Londrina e Cornélio Procópio, municípios demograficamente maiores e próximos de São Sebastião da Amoreira.
Finalmente, o quarto problema urbano destacado neste artigo é a ausência de emprego e/ou de política de geração de renda. Atualmente, a cidade encontra-se com defasagem de empregos, forçando inúmeros moradores a buscarem trabalho em outras cidades da região. Uma parcela considerável dos moradores, especialmente os mais jovens, deixa a cidade com destino a cidades maiores demograficamente, como Londrina e Maringá. Há, inclusive, relatos de respondentes que conhecem amigos e vizinhos que se mudaram para Curitiba, capital do estado, em busca de emprego.
Esse problema urbano, quarto colocado no primeiro questionário, teve a pior avaliação na segunda aplicação, conforme pode ser observado no Gráfico 4, que apresenta a avaliação dos respondentes de São Sebastião da Amoreira quanto ao emprego e à geração de renda. Somando as avaliações de péssimo e ruim, chega-se a 82,7% do total; destes, quase 47% avaliaram como péssimo e quase 36% como ruim. Outros 12,5% de respondentes consideraram o serviço de saúde do município como regular, e apenas 4,6% avaliaram esse serviço público como bom.
A maioria, 67% dos respondentes, alegou possuir trabalho fixo e registrado, especialmente no comércio, na agricultura e em uma usina sucroalcooleira no município vizinho de Nova América da Colina. Os trabalhadores atuam predominantemente na área rural com a agricultura e a pecuária. Na área urbana, com empregos mais escassos, concentram-se no comércio, na indústria têxtil e na prefeitura municipal, que acaba sendo uma grande empregadora em São Sebastião da Amoreira. No total, quase um terço dos respondentes de São Sebastião da Amoreira não possuía emprego. Desconsiderando os aposentados, a taxa de desemprego em São Sebastião da Amoreira era de 15% dos respondentes, em 2016.
5 Considerações finais
Esta pesquisa buscou responder algumas indagações sobre os problemas urbanos, especialmente em pequenas cidades. Assim, mesmo com as semelhanças que unem as cidades, reflexo do modelo da urbanização brasileira que, por sua vez, se alicerça no modo de produção capitalista, nenhuma área urbana é idêntica, ou seja, as cidades são diferentes por mais que estejam próximas, apresentando situações específicas e peculiaridades.
Desse modo, observa-se que as cidades representam uma construção social que só existe a partir das percepções humanas, criada por meio de símbolos e costumes. Dentro da realidade urbana brasileira, existem as cidades classificadas como pequenas, médias e grandes. Neste artigo, a ênfase foi dada às pequenas cidades, tema que continua esquecido pela academia, mesmo com a ampliação de estudos nos últimos dez anos.
Esses espaços geralmente contêm uma série de problemas, embora estes não sejam normalmente abordados, tais como a economia fragilizada, poucos empregos, evasão demográfica, ausência ou insuficiência de serviços públicos e privados etc. Assim, como muitos autores abordam, as pequenas cidades acabam ficando estagnadas, sendo caracterizadas como atrasadas, perdendo o seu real valor que é a sociabilidade e o sentimento de comunidade.
Pela perspectiva da urbanização, diversos usos do solo são organizados de modos similares, independentemente do tamanho demográfico. O que vai variar, então, é a intensidade e a quantidade. Assim, segundo a literatura, nas áreas centrais, geralmente ficam as igrejas, os comércios, as áreas de lazer, os serviços públicos e privados e as áreas residenciais mais valorizadas. Mais afastados do centro ficam as áreas marginalizadas, normalmente próximas às encostas ou barrancos, destinadas principalmente às classes menos favorecidas, compondo de tal modo o espaço urbano. Os usos e apropriações do espaço urbano são, portanto, desiguais, e essa desigualdade gera diversos conflitos sociais no espaço geográfico.
Uma das consequências dos problemas urbanos nas pequenas cidades é a ausência de planejamento urbano realizado pelo poder público. É o que acontece na pequena cidade de São Sebastião da Amoreira, no Norte do estado do Paraná. Na análise empírica deste trabalho, vários problemas urbanos foram considerados pelos respondentes de São Sebastião da Amoreira na aplicação do primeiro questionário, que tinha justamente como objetivo detectar os principais. Quatro deles foram destacados por mais de 40% dos respondentes: violência, asfalto/infraestrutura, serviço de saúde e geração de emprego.
No segundo questionário, mais completo, tentou-se entender como esses problemas urbanos eram avaliados pelos respondentes de São Sebastião da Amoreira e obter um conhecimento mais profundo sobre a realidade local. Nesse questionário, uma mudança na avaliação foi observada: a geração de emprego e o asfalto/infraestrutura foram avaliados negativamente (péssimo e ruim) por mais de 70% dos respondentes. Os serviços de saúde e a segurança pública também foram avaliados negativamente, porém com menor intensidade.
A cidade de São Sebastião da Amoreira encontra-se, assim, fragilizada em diversos aspectos, como se pôde comprovar pelas análises empíricas. Foi comum encontrar moradores revoltados com a administração pública e com a política local. A gestão pública do espaço demonstrou contextos alarmantes, inclusive sobre o futuro do município.
Foi possível constatar que grande parte das respostas embasava o descontentamento com o local, concluindo, então, que os moradores se encontram insatisfeitos com o município e que as políticas públicas municipais precisam ser repensadas a fim de sanar os problemas. Os resultados deixam lacunas e inquietações que podem sustentar novas pesquisas, como o aprofundamento da realidade dos problemas urbanos, buscando dados mais robustos e análises mais aprofundadas.
Referências
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APÊNDICE A - Questionário A
Cite os três principais problemas urbanos encontrados em São Sebastião da Amoreira (PR).
( ) Asfalto e infraestrutura
( ) Cultura e lazer
( ) Educação
( ) Emprego e trabalho
( ) Habitação e Moradia
( ) Poluição
( ) Saneamento básico
( ) Saúde
( ) Transporte público
( ) Violência
APÊNDICE B - Questionário B
01) Perfil do morador
a) Idade: ( ) 18 a 29 ( ) 30 a 39 ( ) 40 a 49 ( ) 50 a 59 ( ) 60 ou mais
b) Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino
02) Nasceu no município: ( ) Sim ( ) Não, onde? ______________________
03) Trabalha: ( ) Sim ( ) Não
04) O que mais gosta na cidade? _______________________________________
05) O que menos gosta na cidade? ______________________________________
06) Como avalia a segurança pública na cidade?
( ) Péssimo ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo
07) Como avalia a infraestrutura, principalmente asfáltica, na cidade?
( ) Péssimo ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo
08) Como avalia a saúde na cidade?
( ) Péssimo ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo
09) Como avalia a geração de empregos e renda na cidade?
( ) Péssimo ( ) Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Ótimo
Data: ____/_____________/2016
Notas de autor