ARTIGOS ORIGINAIS

Qualidade físico-química e tecnológica de híbrido experimental de abóbora cabotiá

Physical-chemical and technological quality of an experimental hybrid of cabotia pumpkin

Calidad fisicoquímica y tecnológica del híbrido experimental de calabaza cabotia

Thayanara Mayara de Lima 1
Brasil
Adrielle Borges de Almeida 2
Brasil
Railany Vieira Santana 3
Brasil
Estenio Moreira Alves 4
Instituto Federal Goiano (IF Goiano), Brasil
Mariana Buranelo Egea 5
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Brasil

Qualidade físico-química e tecnológica de híbrido experimental de abóbora cabotiá

Vértices (Campos dos Goitacazes), vol. 21, núm. 2, 2019

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense

Este documento é protegido por Copyright © 2019 pelos Autores

Recepción: 22 Enero 2019

Aprobación: 17 Junio 2019

Resumo: O objetivo do trabalho foi avaliar e comparar as características físico-químicas de um híbrido de cabotiá experimental com o híbrido comercial Tetsukabuto. Os genótipos foram divididos de acordo com a massa (kg), e foram avaliados quanto a qualidade. Os parâmetros de cor avaliados não apresentaram diferença significativa, embora visualmente o híbrido mostrou-se diferente da variedade comercial. Foi possível concluir que o tamanho dos frutos não influencia na concentração dos compostos, e também, observou-se uma inferioridade de HC05 com relação às características de qualidade relevantes em abóboras, como teor de sólidos solúveis, carotenoides e vitamina C.

Palavras-chave: Melhoramento genético convencional, Cucurbita maxima, Cucurbita moschata, Tetsukabuto.

Abstract: The objective of this study was to compare the characteristics of the cabotia experimental hybrid (HC05) with commercial Tetsukabuto F1 (TET). The genotypes were divided according to their mass (kg), and were evaluated for quality properties. The color parameters evaluated did not present a significant difference, although the hybrid presented visual difference from the commercial variety. It can be concluded that the fruit mass did not influence the concentration of the compounds, but an inferiority of HC05 was observed with respect to the relevant quality characteristics in pumpkins, such as soluble solids content, carotenoids and vitamin C.

Keywords: Conventional breeding, Cucurbita maxima, Cucurbita moschata, Tetsukabuto.

Resumen: El objetivo de este trabajo fue evaluar y comparar las características fisicoquímicas de un híbrido de cabotia experimental con el híbrido comercial de Tetsukabuto. Los genotipos se dividieron según la masa (kg) y se evaluó su calidad. Los parámetros de color evaluados no mostraron diferencias significativas, aunque visualmente el híbrido era diferente de la variedad comercial. Se concluyó que el tamaño de la fruta no influye en la concentración de los compuestos, y también, se observó una inferioridad de HC05 en relación con las características de calidad relevantes en las calabazas, como el contenido de sólidos solubles, carotenoides y vitamina C.

Palabras clave: Mejoramiento genético convencional, Cucurbita maxima, Cucurbita moschata, Tetsukabuto.

1 Introdução

As abóboras são muito consumidas por serem apreciadas pela população brasileira e por isso fazem parte como ingredientes em grande quantidade dos alimentos preparados nos domicílios e em refeitórios fora dos lares no país (ALEXANDRE et al., 2018; NEVES et al., 2019). Por este motivo, a área de cultivo total das espécies desse fruto representa aproximadamente 88.000 ha (IBGE, 2017). No Brasil, há uma grande variabilidade genética de abóboras (Cucurbita moschata) e morangas (Cucurbita maxima), que são produzidas em várias regiões do país, tendo algumas espécies crioulas com local específico de cultivo e comercialização (HEIDEN et al., 2007).

A partir do surgimento de novas cultivares híbridas, com alta produtividade, boa resistência pós-colheita e aceitação do consumidor, os produtores passaram a utilizá-las na sua produção (NASCIMENTO et al., 2011). Com o passar dos anos, as cultivares locais vão se perdendo, e se tornando de ocorrência rara, correndo risco de extinção ocasionada pela “erosão genética”, fator que influencia diretamente na sustentabilidade da agricultura nacional (FALEIRO et al., 2008).

Com o crescimento de estudos na área de genética, buscando melhorar as características sensoriais e de produtividade de abóboras, foram desenvolvidos híbridos conhecidos como a abóbora cabotiá ou japonesa, proveniente do cruzamento entre C. maxima e C. moschata. Esses híbridos são dotados de boas características agronômicas e sensoriais, e isso fez com que sua produção se difundisse no Brasil. Atualmente a produção depende da importação de sementes estrangeiras sendo que em 2006 foram importadas 9,2 toneladas de sementes do híbrido Tetsukabuto, correspondendo a 70,5% do total de sementes de abóbora importadas, a um custo de 1,3 milhão de dólares (BRASIL, 2007).

A fim de contrapor a erosão genética, há vários bancos de germoplasma no Brasil com grande variedade de espécies de abóboras. Os três mais expressivos bancos destinados a atender programas de melhoramento genético e conservação ex-sito estão localizados na Universidade Federal de Viçosa (UFV), na Embrapa Semi-Árido e na Embrapa Hortaliças, que conservam mais de 4.000 acessos de C. maxima e C. moschata. Embora os estudos de melhoramento genético tenham crescido, falta continuidade das pesquisas na área de alimentos para identificar características desejáveis para os consumidores e, com isso, chegar a resultados efetivos (NASCIMENTO et al., 2011).

Assim, independente da espécie utilizada no estudo de melhoramento genético, é importante a sua continuidade pelo avanço no desempenho das cultivares associada a um produto com características culinárias e/ou tecnológicas desejadas pelos consumidores (SILVA, 2017). A produção de genótipos de abóbora com qualidade superior, de alto valor nutricional e com propriedades tecnológicas tem sido estimulada (BORGES et al., 2019) e é de interesse econômico (MARTÍNEZ-VALDIVIESO et al., 2015).

O estado de Goiás é grande produtor de abóboras, por tal motivo pesquisadores buscam a obtenção de cultivares locais adaptados às condições da região, contribuindo assim para redução regional e nacional da dependência de sementes importadas.

Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar e comparar as características físico-químicas de um híbrido de cabotiá experimental com o híbrido comercial Tetsukabuto.

2 Material e métodos

As sementes do Tetsukabuto F1 (TET) foram adquiridas em comércio local, enquanto as sementes do híbrido experimental (HC05) foram provenientes da hibridação de moranga e abóbora do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) do Instituto Federal Goiano. Os híbridos foram cultivados conforme descrito por Alves et al. (2017) usando transplantio direto (SPD) no município de Iporá, Goiás (16°22'26"S 51°09'21"W).

Os tratamentos foram divididos em fatorial 2x2 em delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições em cada tratamento. Como os frutos obtidos foram heterogêneos, optou-se por avaliar os frutos conforme a sua massa, que é um parâmetro utilizado para a comercialização. O primeiro fator foi a massa dos frutos comerciais (1,00-1,50 kg) e frutos não comerciais (<0,50 a 0,99 kg), segundo o padrão estabelecido pelo CEASA-GO (2007). Os genótipos foram divididos em híbrido experimental (HC05) e híbrido comercial (TET) e este foi o segundo fator estudado. Cada unidade experimental foi composta por um fruto em sua respectiva categoria e repetição. Os frutos foram colhidos em 04/03/2016 após 120 dias de cultivo, recebidos e analisados nos laboratórios do Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde, foram lavados com detergente neutro e água corrente, sanitizados por imersão em solução de hipoclorito de sódio comercial (15 mL/L) por 15 minutos e descascados manualmente. As partes dos frutos foram pesadas separadamente em balança digital, sendo: frutos inteiros (MT), casca (MC), polpa (MP), resíduo (MR) e sementes (MS). O cálculo do rendimento foi realizado pela fórmula (MC/MP/MR/MS * 100)/MT.

Os diâmetros externo longitudinal e transversal, a cavidade interna dos frutos e a espessura da polpa, foram determinados através da medição utilizando paquímetro digital. O teor de sólidos solúveis totais (SST) foi realizado utilizando refratômetro digital portátil KRUSS DR301-95 diretamente do suco liberado pelo amassamento da polpa da abóbora. A acidez titulável total (ATT) e o potencial hidrogeniônico (pH) foram determinados conforme método oficial. Para a medida do pH utilizou-se um pHmetro digital LUCA-210P (LUCADEMA, SÃO PAULO, BRASIL), devidamente calibrado e a ATT foi expressa em mL de solução por cento (v/m) (IAL, 2008).

A cor instrumental foi determinada de acordo com o sistema CIELAB (International Commission on Illumination, 1986), avaliando-se os parâmetros L* (luminosidade), a* (-a: verde, +a: vermelho) e b* (-b: azul, +b: amarelo) em espectrofotômetro Color Flex EZ (HUNTER LAB, Reston, EUA). A análise foi realizada por três medidas em diferentes áreas na parte interna (polpa) e externa (epiderme) dos frutos in natura. Para a análise de textura, a polpa foi cortada em cubos de 2 cm de comprimento, largura e profundidade, o teste de compressão foi realizado utilizando o texturômetro CT3 (BROOKFIELD, MA, USA), com ponta de prova acrílica (TA4/100) e base retangular (TA-BT-KI), com profundidade de penetração de 2,0 mm e velocidade de 0,5 mm.s-1, os resultados para o parâmetro dureza foram definidos como o pico de força atingido durante a primeira compressão em gramas.

O teor de carotenoides totais foi realizado de acordo com a metodologia de Gross (1991), com modificações, onde 1 g de amostra de polpa de abóbora foi pesado e adicionado a 12,5 mL de solução acetona: etanol (PA, 1:1, v/v) e 250 µL de BHT (2,6-ditert-butil-4-metil fenol, 20 mg/mL). A mistura foi homogeneizada e filtrada em papel filtro (Whatman 150 mm) e o procedimento foi repetido até se obter a descoloração total do resíduo da polpa (4 extrações). O volume do extrato obtido foi completado com a solução extratora até 50 mL, a leitura realizada em espectrofotômetro SP 2000 UV (BEL PHOTONICS, PIRACICABA, BRASIL) a 470 nm e o teor de carotenoides totais expresso em µg/g.

O teor de ácido ascórbico (vitamina C) foi realizado de acordo com o nº 43.065, da AOAC (WILLIANS, 1984), modificado por Benassi e Antunes (1988). Foram pesadas 5 g de cada amostra, adicionadas de 50 g de ácido oxálico 2% e homogeneizadas. Deste extrato, foram pesadas 20 g e o volume completado com a solução de ácido oxálico 2% para 50 mL e posteriormente filtrado com papel filtro. Uma alíquota de 10 mL do filtrado foi titulada com uma solução de 2,6 diclorofenolindofenol (DCFI) 0,01%. A concentração de ácido ascórbico foi calculada através da Equação 1.

(Eq. 1)

Os dados obtidos foram submetidos ao teste de Bartlett para análise de homogeneidade de variância e Shapiro-Wilk para análise de normalidade de resíduos. Por fim, a análise de variância foi realizada e avaliaram-se os efeitos de massa, genótipo e pelo teste F, com aplicação do teste de médias Tukey ao nível de 5% e 1% de probabilidade, utilizando o software estatístico Assistat 7.7 (SILVA; AZEVEDO, 2016).

3 Resultados e discussão

Os resultados obtidos para diâmetros transversal e longitudinal, cavidade interna e espessura da polpa para os dois genótipos de abóbora, podem ser observados na Figura 1.

Foi possível observar que o tratamento TET apresentou diâmetros próximos, sendo o longitudinal de 145,80 mm e o transversal de 140,64 mm (Figura 1), indicando a forma arredondada que a cabotiá comercial apresenta. Amaro et al. (2017) avaliando o desempenho agronômico de híbridos experimentais de abóbora Tetsukaboto relataram a semelhança entre o comprimento e a largura dos frutos de abóbora (17,44 x 16,28 cm, respectivamente). Enquanto isso, o híbrido experimental HC05 comercial apresentou diâmetro longitudinal (171,60 mm) maior que o transversal (99,53 mm) devido a sua forma mais achatada, que remete ao formato de algumas morangas. Os diâmetros transversal e longitudinal apresentaram interação significativa (5%), sendo que para o longitudinal (Tabela 1) não houve diferença entre as massas para o genótipo TET (145,80 e 134,58 mm) e também entre os genótipos não comerciais (134,58 e 139,13 mm), já para o transversal (Tabela 1), todas as interações obtiveram diferença significativa.

Resultados de dimensionamento diâmetro transversal mm longitudinal mm cavidade interna mm e espessura da polpa mm para os frutos de abóbora Letras iguais não diferem entre si p005 pelo teste de Tukey quando avaliado comercial x não comercial A e TET x HC05 B
Figura 1.
Resultados de dimensionamento diâmetro transversal mm longitudinal mm cavidade interna mm e espessura da polpa mm para os frutos de abóbora Letras iguais não diferem entre si p005 pelo teste de Tukey quando avaliado comercial x não comercial A e TET x HC05 B

Tabela 1.
Resumo da interação entre massa do fruto para os atributos diâmetros longitudinal e transversal, dureza e luminosidade da casca
TratamentosTETHC05
Diâmetro longitudinal
Comercial145,80 aB171,60 aA
Não comercial134,58 aA139,13 bA
Diâmetro transversal
Comercial140,64 aA99,53 aB
Não comercial112,7 bA86,80 bB
Dureza
Comercial7479,07 bA4056,67 aA
Não comercial15966,53 aA3053,60 aB
Luminosidade da casca
Comercial38,98 aB50,21 bA
Não comercial37,61 aB55,95 aA
Médias seguidas pelas letras minúsculas na coluna e maiúsculas na linha diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 5 % de probabilidade.

A espessura da polpa foi maior para as amostras de TET (25,88 mm), enquanto que a cavidade interna foi maior para HC05 (112,50 mm), o que explica o fato de a polpa ser reduzida em espessura nesses genótipos. Valores encontrados neste estudo, corroboram os estudos anteriores quanto à espessura da polpa (17,00 - 28,86 mm) e cavidade interna (91,69 - 215,16 mm) para acessos de abóbora do Piauí e Maranhão (AMARIZ, 2010); e, espessura da polpa (26,39 – 29,76 mm) (AMARO et al., 2018) em híbridos de abóbora japonesa cultivadas no sistema orgânico. Menores cavidades internas e maiores espessuras de polpa são características que indicam maior resistência ao transporte e acondicionamento, por isso essas características são importantes para as abóboras.

O rendimento de polpa não apresentou interação significativa em nenhum dos fatores, mas quando avaliado apenas o genótipo, TET obteve um rendimento superior a HC05, a quantidade total de resíduos, incluindo cascas e sementes, correspondeu a 19 - 25% da massa total das abóboras, para os dois grupos de massa e genótipos, como pode ser observado na Figura 2. Corrêa et al. (2003), analisando rendimento de abóboras híbridas F1 de C. moschata e C. maxima, obtiveram 19,64% de resíduo, representando semelhança com os resultados do presente trabalho. Todos os percentuais em semente, independente se avaliado por genótipo ou por massa de fruto, foram maiores do que os relatados por Nascimento et al. (2008) (0,8 – 1,17 %) para acessos de C. maxima.

Resultados de rendimento em porcentagem de polpa e resíduos (casca, semente e mucilagem) para os frutos de abóbora. Letras iguais não diferem entre si (p>0,05) quando avaliado comercial x não comercial (A) e TET x HC05 (B) (Teste F)
Figura 2.
Resultados de rendimento em porcentagem de polpa e resíduos (casca, semente e mucilagem) para os frutos de abóbora. Letras iguais não diferem entre si (p>0,05) quando avaliado comercial x não comercial (A) e TET x HC05 (B) (Teste F)

De acordo com Coelho e Wosiacki (2010), a indústria alimentícia é grande produtora de resíduos vegetais, os quais possuem um alto teor de compostos bioativos, vitaminas e sais minerais. Isto também foi observado na pesquisa desenvolvida por Costa et al. (2014), na qual se avaliou a qualidade da farinha de abóbora produzida a partir dos seus subprodutos (cascas, sementes e mucilagem), e foram encontrados 4,81 mg de β-caroteno/100 g de farinha de abóbora, além de vários outros tipos de carotenoides em quantidades menores.

As avaliações de qualidade de um produto são diferentes de acordo com o seu destino. Quando a comercialização é in natura, os principais atributos a serem avaliados são: aparência (tamanho, forma e cor), condição do produto e ausência de defeitos, textura, sabor e odor “flavor” (CHITARRA; CHITARRA, 2005). Por este motivo quando se tem um fruto ou produto hortícola e deseja-se realizar a comparação dele com outro já comercializado, torna-se importante avaliar o valor nutritivo e demais características acima mencionadas.

A Tabela 2 apresenta os resultados para acidez titulável total (ATT), pH (potencial hidrogeniônico), teor de sólidos solúveis totais (SST), carotenoides totais, ácido ascórbico (vitamina C) e textura (dureza) para os fatores massa e genótipo.

Tabela 2.
Acidez titulável total (ATT), pH, teor de sólidos solúveis totais (SST), carotenoides totais, ácido ascórbico (vitamina C) e textura (dureza) para os fatores massa e genótipo de abóbora
ATT (%)pHSST (ºBrix)*Dureza (g)*Carotenoides (µg/g)Vit C (g/100g)**
Massa
1,00 a 1,50 kg6,00 a5,86 a4,92 b5767,87 b67,00 a20,46 a
0,50 a 0,99 kg5,30 a5,93 a7,06 a9510,07 a61,14 a15,66 b
CV (%)17,426,0830,1848,6211,8118,95
Genótipo
Tetsukabuto F17,03 a5,64 b7,96 a11722,80 a91,11 a19,83 a
HC054,26 b6,14 a4,03 b3555,14 b37,03 b16,30 b
CV (%)17,426,0830,1848,6211,8118,95
* Significativo pelo teste "F" (5%)** Significativo pelo teste "F" (1%); Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Tukey (p≤0,05)

Em relação ao fator massa, não houve diferença significativa para acidez, pH e carotenoides totais. Para o teor de sólidos solúveis e dureza, a diferença obtida é favorável, sendo possível observar que os frutos com massa <1,00 kg, considerados inaptos para a comercialização, poderiam ser consumidos, evitando o desperdício de alimentos e auxiliando na questão de segurança alimentar e nutricional, garantindo maior quantidade de alimento disponível para a população (Tabela 2).

O teor de sólidos solúveis foram próximos aos obtidos por Paula et al. (2009) (3,20 - 4,50 °Brix) para abóbora e para moranga e por Martínez-Valdivieso et al. (2015) (3,4– 4,7 °Brix) para cultivares de Cucurbita pepo. Amaro et al. (2017) relataram teores de sólidos solúveis duas vezes maior do que os que foram relatados neste trabalho (18,44 °Brix) em seu trabalho com variedade Tetsukaboto. Quanto maior o teor de sólidos sóluveis em abóboras, maior o rendimento industrial (AMARO et al., 2018) e, desta forma, o melhoramento genético deverá selecionar genótipos que satisfaçam essa característica. Os valores de pH e acidez encontrados neste trabalho, independente da avaliação de massa ou genótipo, foram próximos aos relatados por Paula et al. (2009) (6,40 e 0,11 %, respectivamete) e por Martínez-Valdivieso et al. (2015) (6,5-6,9 e 0,10-0,17 %, respectivamente).

O parâmetro dureza apresentou interação significativa (Tabela 2) entre os dois fatores analisados, sem se notar diferença entre os genótipos com massa de 1,00 a 1,50 kg (7479,07 e 4056,67 g) e entre as massas do genótipo HC05 (4056,67 e 3053,60 g). Observa-se na Tabela 2 diferença significativa entre os genótipos, mostrando que os híbridos experimentais apresentam menor dureza e essa característica está diretamente relacionada ao menor tempo de cozimento e maior facilidade de mastigação do que a TET. De acordo com Carmo (2009), a dureza da polpa é influenciada pela quantidade de amido e de sólidos solúveis presentes no fruto, e foi possível observar que os genótipos com maior teor de sólidos solúveis, também apresentam maior dureza. Grangeiro et al. (1999) encontraram valores de 40,50 N (4129,79g), analisando a textura de híbridos de melão, os quais estão próximos aos obtidos para os frutos de abóbora HC05.

A física define a dureza como uma força necessária para estabelecer deformação, quanto as definições sensoriais representa a força necessária para deformar a amostra na mastigação, e que é exercida por comprimir a comida entre os dentes molares (ANDALZÚA MORALES, 1994). Por outro lado, considerando o manuseio pós-colheita, a dureza é essencial, visto que frutos mais firmes sofrem menos injúrias mecânicas, a que os mesmos estão sujeitos durante o transporte e comercialização (VILAS BOAS, 2014).

O teor de carotenoides totais não foi influenciado pela diferença de tamanho dos frutos, mas houve uma diferença significativa entre os genótipos, os frutos de TET apresentaram teor de carotenoides duas vezes maior do que o obtido em HC05, resultado que, embora não seja interessante do ponto de vista da indústria de alimentos, é uma característica a ser melhorada no processo de hibridização.

Em estudo realizado por Lima Neto (2013), para identificar acessos de abóboras promissores a biofortificação de carotenoides, foram encontrados valores bastante variáveis, de 8,6 – 506,6 µg/g, sendo que 8,6 µg/g foi obtido de um híbrido de Tetsukabuto, portanto há genótipo no mercado com teores de carotenoides abaixo do experimental. Faustino (2017), estudando os parâmetros genéticos de abóbora (C. moschata Duch.), relatou valores maiores de carotenoides totais (106,50 a 437,53 µg/g), maiores do que os relatados neste trabalho. Essa distinção de concentrações de carotenoides é devida à alta variabilidade genética que as abóboras possuem. Fatores como o corte, trituração e liofilização do fruto também podem influenciar na quantificação dos carotenoides, pois há liberação de enzimas que aceleram a oxidação desses compostos (CARVALHO et al., 2012; RODRIGUEZ-AMAYA et al., 2008).

Gajewski et al. (2008), estudando características de qualidade em diferentes espécies de abóboras, relataram a existência de uma correlação entre alto conteúdo de sólidos solúveis e carotenoides totais. Essa relação também foi observada neste trabalho, já que a variedade TET apresentou maior teor de sólidos solúveis e maior conteúdo de carotenoides totais.

No teor de vitamina C houve diferença significativa entre os híbridos avaliados por massa e por genótipo, sendo que híbridos não comerciais e HC05 apresentaram os menores teores. Em estudo realizado por Alves et al. (2010), os valores de vitamina C variavam de 34,0 – 25,7 mg/100g, maiores que os obtidos neste trabalho, esta diminuição pode ser justificada pelo período de armazenamento dos frutos analisados. Segundo Chitarra e Chitarra (2005), o teor de vitamina C tende a diminuir com o armazenamento de muitos produtos hortícolas, devido à atuação direta da enzima ácido ascórbico oxidase (ascorbinase), ou pela ação de enzimas oxidantes como a peroxidase.

A cor é um atributo extremamente importante quando se fala de comercialização de produtos in natura e é considerada a primeira característica observada pelo consumidor influenciando diretamente na intenção de compra (FOO et al., 2017). Na Tabela 3, estão expressos os resultados da análise de cromaticidade, evidenciando os parâmetros L* (luminosidade), a* (negativo-verde, positivo-vermelho) e b* (negativo-azul, positivo-amarelo), para casca e polpa.

Tabela 3.
Resultados de cor instrumental para casca e polpa avaliando os fatores Massa e Genótipo
CascaPolpa
MassaL*a*b*L*a*b*
1,00 a 1,50 Kg44,59 a7,42 a20,29 b55,82 b17,63 b42,20 b
0,50 a 0,99 Kg46,78 a9,32 a29,30 a58,80 a20,41 a50,86 a
GenótipoL*a*b*L*a*b*
Tetsukabuto F138,30 b8,24 a23,51 a56,00 b22,57 a50,77 a
HC0553,08 a8,53 a26,77 a58,61 a15,47 b42,29 b
CV (%)6,9933,6316,093,108,305,84
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste Tukey (p≤0,05) quando comparado o fator massa e genótipo separadamente.

Para a casca, no parâmetro luminosidade houve interação significativa (5%) entre os fatores comercial x não comercial e TET x HC05 (Tabela 3). Entre os genótipos foi observada diferença de luminosidade, sendo o híbrido experimental com maior valor, devido à casca ser mais clara. No parâmetro de cromaticidade a* obtiveram-se valores baixos com tendência para o verde, não havendo diferença significativa em nenhum dos fatores. Já no parâmetro de cromaticidade b* é possível observar valores altos e tendenciosos à coloração amarela, não havendo diferença entre os genótipos (Figura 3). Os valores encontrados para o parâmetro b* neste trabalho foram maiores do que os que haviam sido relatados por Martínez-Valdivieso et al. (2015) para o mesocarpo (polpa) de 22 cultivares de C. pepo (14 – 40).

Para a polpa, todos os parâmetros analisados apresentaram interação significativa (1%) (Tabela 4) entre os fatores. No parâmetro luminosidade, os frutos menores (não comercial) e o genótipo HC05 obtiveram maior valor, apresentando diferença significativa, a interação mostra que HC05 diferiu em relação à massa (54,77 e 62,45). No parâmetro de cromaticidade a*, os valores obtidos foram relativamente altos, com maior tendência para o vermelho, a interação mostra que não houve diferença significativa entre as massas para TET (22,48 e 22,66) e houve diferença entre os genótipos para os dois grupos de massa. Já no parâmetro de cromaticidade b* foi possível observar valores mais altos e tendenciosos à coloração amarela, sendo que os frutos menores apresentaram valores maiores e o genótipo TET também, já que sua polpa possui coloração mais intensa que HC05 (Figura 4). A interação mostra que não houve diferença significativa entre as massas para TET (49,25 e 52,30) e entre os genótipos com massa inferior à 1,00 kg (52,30 e 49,42).

Parte externa de (A) Abóbora cabotiá comercial  Tetsukabuto F1 e (B) Híbrido experimental  HC05
Figura 3.
Parte externa de (A) Abóbora cabotiá comercial Tetsukabuto F1 e (B) Híbrido experimental HC05

Tabela 4.
Resumo da interação entre massa do fruto x genótipo para cor da polpa (L*, a* e b*)
Resumo da interação entre massa do fruto x genótipo para cor da polpa (L*, a* e b*)
Médias seguidas pelas letras minúsculas na coluna e maiúsculas na linha diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao nível de 1 % de probabilidade.

Parte interna de (A) Abóbora cabotiá comercial – Tetsukabuto F1 e (B) Híbrido experimental – HC05
Figura 4.
Parte interna de (A) Abóbora cabotiá comercial – Tetsukabuto F1 e (B) Híbrido experimental – HC05

De maneira geral a massa média dos frutos não altera a disponibilidade de compostos que os desqualifique ao consumo, mas no geral os estudos de hibridização objetivam frutos menores (CUSTODIO et al., 2018). Portanto, são aptos nutricionalmente para o consumo, e também ao transporte. Nota-se a incoerência em descartar os frutos no campo e limitar a disponibilidade ao mercado consumidor. As características físico-químicas analisadas mostram algumas semelhanças entre os dois genótipos, sendo que os parâmetros de avaliação da qualidade intrínseca dos frutos apresentaram valores inferiores para o híbrido experimental HC05.

Embora inferior para alguns parâmetros, o híbrido experimental de cabotiá HC05 não possui atributos físico-químicos que o desqualifique para uso comercial. Porém, para trabalhos futuros, há necessidade de dar continuidade no melhoramento genético desse híbrido e realizar avaliações sensoriais visando obter nos frutos ganhos em atributos físico-químicos, gerando assim um produto nacional adaptado às condições edafoclimáticas e que seja capaz de nutrir e agradar ao paladar do consumidor.

4 Conclusão

Conclui-se que tanto a massa dos frutos de abóbora quanto o genótipo influenciam nos parâmetros físicos (rendimento, diâmetro longitudinal ou transversal e espessura da polpa) e químicos (teor de sólidos solúveis, carotenoides totais, vitamina C e acidez) de um híbrido de cabotiá experimental comparado com o híbrido comercial Tetsukabuto. Além disso, frutos de abóbora que atualmente não são comercializados pelo tamanho (massa) apresentaram características físico-químicas positivas, mostrando que não devem ser desprezados com base nesse parâmetro.

Agradecimentos

Os autores agradecem ao CNPq (Chamada MCTI/MAPA/CNPq Nº 40/2014 - Processo 473115/2014-0) e ao IF Goiano pelo apoio financeiro.

Referências

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Notas de autor

1 Mestre em Agroquímica pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano Campus Rio Verde - Rio Verde/GO – Brasil. E-mail: thayanaramayara_lima@hotmail.com.
2 Mestre em Agroquímica pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano Campus Rio Verde - Rio Verde/GO – Brasil. E-mail: drica.engal@gmail.com.
3 Estudante de Engenharia de Alimentos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano Campus Rio Verde - Rio Verde/GO – Brasil. E-mail: vieirarailany@gmail.com.
4 Engenheiro Agronômo do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) Campus Iporá. Doutor em Ciências Agrárias pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano Campus Iporá, Iporá/GO – Brasil. E-mail: estenio.moreira@ifgoiano.edu.br.
5 Doutora em Engenharia de Alimentos, Professor, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Campus Rio Verde, Rio Verde, Goiás, Brasil. E-mail: mariana.egea@ifgoiano.edu.br.
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