Modelagem computacional 3D do blowout de poço de petróleo: revisão sobre requisitos ambientais e metodologia

Autores

  • Pedro Mello Paiva Petrobrás - Petróleo Brasileiro S/A
  • Alexandre Nunes Barreto Instituto Federal Fluminense
  • Jader Lugon Junior Instituto Federal Fluminense
  • Leticia Ferraço de Campos UERJ

Palavras-chave:

Vazamento de óleo. Modelagem computacional. Validação de modelo. Blowout. Águas profundas. Trajetória. Intemperismo.

Resumo

Este artigo de revisão bibliográfica tem por finalidade apresentar as diferentes metodologias utilizadas na modelagem tridimensional da dispersão dos hidrocarbonetos originados do blowout de um poço de petróleo. São considerados os conceitos de sensibilidade e vulnerabilidade ambiental da costa, a importância destes para a priorização de áreas mais vulneráveis em casos de contingência, e a legislação pertinente. São levantados os questionamentos sobre a metodologia atualmente utilizada nos estudos ambientais de deriva do óleo, que considera a simplificação do vazamento em superfície, mesmo nos cenários de blowout de poços. Os esforços para o melhor entendimento do comportamento do óleo e do gás na coluna d’água e da modelagem tridimensional da trajetória ganharam força após o vazamento da Deepwater Horizon em 2010 no Golfo do México. Os dados coletados e observações realizadas durante o acidente foram amplamente utilizados para ajuste dos modelos, que buscaram incorporar os diversos fatores referentes às forçantes hidrodinâmicas e aos processos de intemperismo aos quais os hidrocarbonetos são submetidos em vazamentos de subsuperfície tais como: evaporação, dispersão, emulsificação, dissolução, oxidação, sedimentação e biodegradação. As dificuldades se apresentam ainda mais desafiadoras para o caso de blowouts em águas profundas, onde as incertezas são ainda maiores. Os estudos abordaram diferentes variáveis para realizar os ajustes dos modelos de dispersão do óleo e do gás ao longo da trajetória de subida, e, dentre os fatores que exercem forte influência, destacam-se: a velocidade das correntes de subsuperfície; a separação do gás da pluma principal; a formação de hidrato, a dissolução das gotículas de óleo e gás; as variações no diâmetro das gotículas; a intrusão das gotículas em profundidades intermediárias; a biodegradação; e a parametrização adequada dos perfis de densidade, salinidade e temperatura da água ao longo da coluna.

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Biografia do Autor

  • Pedro Mello Paiva, Petrobrás - Petróleo Brasileiro S/A
    Mestre em Engenharia Ambiental (IFFluminense). Engenheiro de Petróleo, Petrobrás, Macaé/RJ - Brasil. E-mail: pedromellopaiva@gmail.com.
  • Alexandre Nunes Barreto, Instituto Federal Fluminense
    Doutor em Engenharia de Reservatório e Exploração de Petróleo (UENF). Engenheiro Elétrico, Professor do Instituto Federal Fluminense campus Macaé/RJ - Brasil. E-mail: alexandrenunesbarreto@hotmail.com
  • Jader Lugon Junior, Instituto Federal Fluminense
    Doutor em Modelagem Computacional (UERJ). Engenheiro Mecânico, Professor do Instituto Federal Fluminense, campus  Macaé/RJ - Brasil. E-mail: jlugonjr@gmail.com.        
  • Leticia Ferraço de Campos, UERJ
    Mestre em Engenharia Ambiental (IFFluminense). Engenheira Química, Doutoranda em Engenharia Química, UERJ, Rio de Janeiro/RJ - Brasil. E-mail: leticiaferraco@hotmail.com

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Publicado

30-12-2016

Edição

Seção

Artigos de revisão

Como Citar

Modelagem computacional 3D do blowout de poço de petróleo: revisão sobre requisitos ambientais e metodologia. Boletim do Observatório Ambiental Alberto Ribeiro Lamego, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 51–71, 2016. Disponível em: https://editoraessentia.iff.edu.br/index.php/boletim/article/view/7503.. Acesso em: 4 out. 2024.