Arquitetura escolar inclusiva: desafios e possibilidades em relação aos alunos com deficiência visual no campus Campos-Centro do IF Fluminense

Resumo

Este artigo apresenta parte do trabalho desenvolvido no projeto de extensão intitulado “O Edifício Escolar Inclusivo com base na Percepção Ambiental”, que tem como objeto central a concepção do edifício escolar inclusivo, auxiliada por uma análise da relação entre a arquitetura - e ambientes construídos – e alunos com deficiência, baseada no entendimento da acessibilidade plena. Dessa forma, o objetivo principal do trabalho consiste em investigar a percepção dos ambientes escolares por parte de seus usuários com deficiência, a fim de se obter informações para o estabelecimento de diretrizes projetuais e educacionais que possam contribuir para a concepção do edifício escolar efetivamente inclusivo. Nesta etapa inicial do trabalho, foram considerados os ambientes dos blocos de edifícios que compõem o campus Campos-Centro e os alunos com deficiência visual, por consistirem respectivamente o local e o público alvo com maior demanda atual por iniciativas nesse sentido. Para isso, tem sido utilizada a seguinte metodologia: investigação teórica para a formação do arcabouço teórico-conceitual a partir da pesquisa bibliográfica sobre os temas envolvidos; pesquisa de campo a fim de desenvolver a análise entre o usuário e o ambiente, considerando os aspectos da percepção, através de entrevistas e percursos comentados com os usuários, bem como observações diretas; sistematização e análise dos dados gerais e por ambientes; divulgação de resultados prévios para validação.  Acredita-se que o trabalho tem contribuído para o debate das questões inerentes ao assunto e para o desenvolvimento de orientações educacionais e projetuais, principalmente no que se refere à relação entre Educação e Arquitetura, considerando a reflexão da mesma sob outros enfoques ainda pouco estudados: ensino técnico e profissional para pessoas com deficiência visual e ambientes construídos que considerem, no âmbito da acessibilidade, aspectos emocionais e intelectuais, para além da vertente espacial ou comunicacional.