Artes & Artimanhas da memória em Narradores de JAVÉ

Autores

  • Rodrigo da Costa Araujo

Palavras-chave:

Memória, escrita, contação de história, Narradores de Javé

Resumo

Processo psicológico, individual, social, a memória é a capacidade e/ou um exercício criativo; matéria prima e meio para formas de arte(s)? Artimanhas? Nosso intuito é, a partir de reflexões estilhaçadas e esgarçadas do filme Narradores de Javé (1998), da cineasta Eliane Café, pensar as relações da memória com a literatura, cinema, imagens poéticas que constroem artes e, ao mesmo tempo, causam artimanhas, discursos e delicadezas, transgressões. A memória, de certa forma delicada, vem à tona como o poder materializado da reminiscência, do imperecível, de imagens deslocadas que estão na base de todas as artes e, não diferentemente, das que são alimentadas pela palavra, escrita ou falada. O artesão, o artista, que dispõe de tal “estratégia”, ou mesmo, a releitura das artes que criam e manipulam a “verdade”, tornam-se também um artífice delas - realização multifacetada e prenhe de formas do fazer humano. Portanto, nossas leituras serão essas, também, releituras de operações, engendramentos, manipulações e interpretações que fazem e refazem as vias do tempo passado, em reconstrução presente, construindo, por fim, uma outra “verdade” memorialística, também ela lúdica e criativa.

Biografia do Autor

  • Rodrigo da Costa Araujo
    Professor de Teoria da Literatura e Literatura Infantojuvenil da FAFIMA - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé, Mestre em Ciência da Arte e Doutorando em Literatura Comparada pela UFF

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