Ações e responsabilidades da sociedade em relação ao descarte correto de medicamentos

Autores

  • Patricia Mendes de Abreu Braga
  • Clícia Pinto das Dores Barcelos
  • Isabella Souza Pessanha Rangel de Almeida

Resumo

O avanço da ciência no início do século XIX contribuiu com a evolução da farmacologia, favorecendo a cura de várias doenças e consequentemente, o aumento da expectativa de vida da sociedade. Para além dos benefícios desse avanço, devemos ponderar também os pontos negativos, como o aumento da automedicação - que pode contribuir para problemas de saúde, o agravo de doenças, o risco de abuso ou dependência, e o agravo de problemas ambientais, como a contaminação de lençóis freáticos e do solo e a intoxicação de animais, devido ao descarte incorreto dos medicamentos. Há pelo menos cinquenta anos, o Brasil se destaca no mercado entre as dez maiores indústrias farmacêuticas. São mais de 100 mil toneladas de medicamentos produzidos, e 10% desse total descartados por ano. Um dos princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei nº 12.305/10, é a responsabilidade compartilhada, que trata desde os fabricantes até os consumidores finais como responsáveis por ações que visem minimizar o volume dos resíduos gerados, assim como seu impacto no ambiente. De fato, a sociedade também é responsável pela defesa e preservação do ambiente, conforme preconiza o artigo 225 da Constituição Federal, embora muitas pessoas não se deem conta disso. Embora haja legislações sobre a temática apresentada, na prática, observa-se a falta de informação da população, assim como falta de divulgação e incentivos para que o descarte de medicamentos seja feito de forma adequada. Diante disso, entende-se a importância de buscar informações que forneçam subsídios para a elaboração de ações que contribuam com a melhoria da qualidade do ambiente no que diz respeito ao descarte de medicamentos. Assim, esta pesquisa tem como objetivos verificar o conhecimento prévio das pessoas acerca dos impactos negativos do descarte incorreto de medicamentos sobre a saúde e o ambiente e apresentar uma reflexão sobre o papel da Educação Ambiental (EA) na sensibilização e conscientização das pessoas, favorecendo possível mudança de hábitos. A metodologia deste trabalho consiste em análise bibliográfica de leis, decretos, resoluções, e artigos acadêmicos que abordem o tema proposto; aplicação de questionário com amostra da população e análise de dados. Espera-se que os resultados obtidos nesta pesquisa, possam fornecer subsídios para orientar posteriormente a elaboração de ações em EA referentes ao descarte de medicamentos, voltadas para a população de Campos dos Goytacazes e municípios vizinhos.

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Publicado

31-05-2021

Edição

Seção

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