A qualidade do Ensino Médio Integrado frente à reforma pela Lei 13.415/17
DOI:
https://doi.org/10.19180/1809-2667.v24n12022p156-167Palavras-chave:
Ensino médio integrado, Educação profissional, Formação omnilateralResumo
O Ensino Médio Integrado obteve conquistas, como o Decreto 5.154/04, que o instituiu, a Lei 11.892/08 de criação dos Institutos Federais e a Resolução n° 6 do Conselho Nacional de Educação, com diretrizes curriculares dessa modalidade. Entretanto, a atual reforma do Ensino Médio, Lei 13.415/17, pode prejudicar tal modalidade separando a Educação Profissional da Básica, reduzindo carga horária propedêutica e eliminando disciplinas de Humanas. Diante desse cenário, buscou-se neste trabalho defender a qualidade do Ensino Médio Integrado, no seu formato atual como educação básica e profissional indissociáveis e formação omnilateral, levantando seus possíveis diferenciais para carreira, formação continuada e cidadania, junto a egressos que atuam na indústria petrolífera no norte do estado do Rio de Janeiro. Verificou-se que das 209 pessoas que acessaram o questionário aplicado, 129 responderam e consideraram essa modalidade um diferencial para: o mundo do trabalho (79,1%); base geral e científica (71,3%); busca do ensino superior na área (59,7%) e consciência cidadã (45,7%). Esses resultados reforçam a importância e qualidade do Ensino Médio Integrado enquanto formação indissociável e omnilateral, que reflete positivamente na vida dos seus egressos.Downloads
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