A loucura feminina nos romances de Paulina Chiziane como estratégia de resistência
DOI:
https://doi.org/10.19180/1809-2667.v24n12022p7-18Palavras-chave:
Loucura, Mulher, Resistência, Literatura, MoçambiqueResumo
O trabalho a seguir traz um breve estudo sobre como a escritora Paulina Chiziane faz da loucura uma estratégia de resistência observável em quase todas as suas personagens. Aqui a análise se dará sobre Maria das Dores, do romance “O alegre canto da perdiz” (2010), a louca do rio que ousou invadir a margem exclusiva dos homens no rio Licungo e afrontou a todos com sua nudez. Todavia, a análise se dará de forma transversal entre as personagens de outros romances de Chiziane, como Rami, de “Niketche: uma história de poligamia” (2004); Cláudia, de “O sétimo juramento” (2005) e Wusheni, de “Ventos do apocalipse” (1999). O fenômeno da loucura será refletido à luz do texto de Michel Foucault, “A história da loucura na idade clássica” (1978) e o texto “O debate Foucault e Derrida: razões ou desrazões do pensamento” (2017).Downloads
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