Existência e linguagem em “Vidas Secas”: uma hermenêutica filosófica da obra de Graciliano Ramos
DOI:
https://doi.org/10.5935/1809-2667.20080001Palavras-chave:
Linguagem, Sentido, Vidas Secas, Condição humana, FilosofiaResumo
O presente trabalho é um discurso sobre o não-dito em Vidas Secas, romance de Graciliano Ramos de 1938, hoje na 93ª edição. A pretensão é uma hermenêutica da obra. Como base para fundamentar o olhar hermenêutico, nosso dizer tem como pilares as falas dos filósofos Gadamer, Merleau-Ponty, Heidegger e Nietzsche e comentadores como Santiago Kovadloff, Ernildo Stein, Danilo Marcondes, entre outros. Deixamos claro que a intenção é apelar à razão para falar da des-razão, do vazio, de um silêncio primordial, da condição humana, tendo como pano de fundo a secura das vidas secas do escritor alagoano.Downloads
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