La mujer, la mujer negra y el tiempo de los hombres: una breve reflexión interseccional

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.19180/1809-2667.v25n32023.19298

Palabras clave:

género, raza, chovinismo masculino, misoginia, interseccionalidad

Resumen

En el Brasil colonial, el pensamiento que estaba en vigor era que las mujeres eran malas criaturas, con tendencias demoníacas y, por lo tanto, deberían ser controladas por los hombres de la familia y el clero. Con la modernidad, el patriarcado fue institucionalizado y, a partir de entonces, además de los hombres de la familia y la iglesia, las mujeres también tenían obligaciones sobre sí mismas, sus vidas y cuerpos para el estado. Aunque la condición de inferioridad alcanzó a todas las mujeres, las mujeres negras fueron sometidas a evaluaciones y condiciones de vida aún más degradantes, porque se agregaron prejuicios de género, y aún agregan, las de raza. Al cumplir con esta percepción, los datos de la “Pnad Contínua” 2021 demuestran que los peores indicadores socioeconómicos son aquellos que se refieren a las mujeres negras. Ante estos indicadores, este artículo propone una breve reflexión sobre las posibles conexiones de tales elementos con la conformación de las desigualdades contemporáneas extremas que se centran en las mujeres y, incluso entre ellas, de manera desigual dependiendo de su condición socioeconómica y de raza. Hay la urgencia de diseño e implementación de políticas públicas que contemplen no solo los problemas de género, sino también la interseccionalidad de tales problemas con la raza.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Andrea Rosa Bello
    Historiadora com pós-graduação e mestrado em Administração Pública (EBAPE/FGV). Doutora em Políticas Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF) - Niterói/RJ - Brasil. E-mail: belloar@gmail.com.

Referencias

ALENCASTRO, L. F. África, números do tráfico atlântico. In: SCHWARCZ, L.; GOMES, F. (org.). Dicionário da Escravidão e da Liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. p. 57-70.

ARAUJO, E. A arte da sedução: sexualidade feminina na Colônia. In: DEL PRIORE, M. (org.); BASSANEZ, C. (coord. de textos). História das mulheres no Brasil. 10. ed., 8. reimp. São Paulo: Contexto, 2022.

BASSO, P. Razze schiave e razze signore: vecchi e nuovi razzismi. Milano: Franco Angeli, 2000.

BÍBLIA King James. Disponível em: https://bkjfiel.com.br/. Acesso em: 18 dez. 2023.

CÉSAIRE, A. Discurso sobre o colonialismo. Tradução de Cláudio Willer. São Paulo: Veneta, 2020.

COTTA, M; FARAGE, T. Mulher, roupa, trabalho: como se veste a desigualdade de gênero. 1. ed. São Paulo: Paralela, 2021.

CRENSHAW, K. W. Documento para o Encontro de Especialistas em Aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas, v. 10, n. 1/2002, p. 171-188, 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2002000100011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/mbTpP4SFXPnJZ397j8fSBQQ/. Acesso em: 18 dez. 2023.

DEL PRIORE, M. Magia e medicina na colônia: o corpo feminino. In: DEL PRIORE, M. (org.); BASSANEZ, C. (coord. de textos). História das mulheres no Brasil. 10. ed., 8. reimp. São Paulo: Contexto, 2022.

DUSSEL, H. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina: CLACSO, set. 2005. (Colección Sur Sur). Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2591382/mod_resource/content/1/colonialidade_do_saber_eurocentrismo_ciencias_sociais.pdf. Acesso em: 2 abr. 2022.

FALCI, M. B. K.; MELO, H. P. Riqueza e emancipação: Eufrásia Teixeira Leite, uma análise de gênero. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, p. 165-185, 2002. Disponível em: https://periodicos.fgv.br/reh/article/view/2158/. Acesso em: 23 nov. 2023.

FEIJÓ, J. Diferenças de gênero no mercado de trabalho: a desigualdade de gênero ainda persiste no mercado de trabalho, com mulheres ganhando menos que os homens e com baixa representação em cargos de gerência. FGVE/IBRE, 8 mar. 2023. Disponível em: https://portal.fgv.br/artigos/diferencas-genero-mercado-trabalho. Acesso em: 12 mar. 2023.

FEIJÓ, J. A mulher negra no mercado de trabalho. FGV/IBRE, 26 jul. 2021. Disponível em: https://blogdoibre.fgv.br/posts/mulher-negra-no-mercado-de-trabalho. Acesso em: 12 mar. 2023.

GONZALEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, p. 223-244, 1984. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5509709/mod_resource/content/0/06%20-%20GONZALES%2C%20L%C3%A9lia%20-%20Racismo_e_Sexismo_na_Cultura_Brasileira%20%281%29.pdf. Acesso em: 23 nov. 2023.

HOOKS, B. Olhares negros: raça e representação. Tradução Stephanie Borges. São Paulo: Elefante, 2021.

LARAIA, R. B. Jardim do Éden revisitado. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 149-164, 1997. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-77011997000100005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ra/a/9FRBVGL7H6hmpyMHwL7C9hQ/?lang=pt#. Acesso em: 18 dez. 2023.

MACHADO, C; PINHO NETO, V. The labor market consequences of maternity leave policies: Evidence from Brazil. Getúlio Vargas Foundation (EPGE-FGV), dez. 2016. Disponível em: https://hdl.handle.net/10438/17859. Acesso em: 18 dez. 2023.

MBEMBE, A. Crítica da razão negra. 3. ed. São Paulo: N – 1 edições, 2018.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina: CLACSO, set. 2005. (Colección Sur Sur). Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2591382/mod_resource/content/1/colonialidade_do_saber_eurocentrismo_ciencias_sociais.pdf. Acesso em: 12 mar. 2023.

SALADINO, A.; BARATA, C. E.; FIGUERÊDO, N. Longe das vistas: o Recolhimento de Santa Teresa na Freguesia de São Sebastião de Itaipu. Caderno SocioAmbiental, Niterói, RJ: Museu de Arqueologia de Itaipu/Ibram/MinC, v. 1, n. 1, p. 43-52, 2013. Disponível em: https://www.museus.gov.br/wp-content/uploads/2013/08/07.08-caderno-itaipu.pdf. Acesso em: 23 nov. 2023.

SANTOS, G. S. A vida nos conventos portugueses durante a Época Moderna. Caderno SocioAmbiental, Niterói, RJ: Museu de Arqueologia de Itaipu/Ibram/MinC, v. 1, n. 1, p. 29-42, 2013. Disponível em: https://www.museus.gov.br/wp-content/uploads/2013/08/07.08-caderno-itaipu.pdf. Acesso em: 23 nov. 2023.

SANTOS, R. V.; MAIO, M. C. Qual "retrato do Brasil"? Raça, biologia, identidades e política na era da genômica. Mana, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 61-95, abr. 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-93132004000100003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/mana/a/Q9whbMQmn8FnKQdSh7sjFSn/. Acesso em: 18 dez. 2023.

SILVA, G. "O brasileiro será uma fonte de descobertas para toda a humanidade", diz líder do projeto DNA do Brasil. GZH, 5 nov. 2020. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2020/11/o-brasileiro-sera-uma-fonte-de-descobertas-para-toda-a-humanidade-diz-lider-do-projeto-dna-do-brasil-ckh500s5w000j0170nkmperq1.html. Acesso em: 31 out. 2021.

SILVA, M. B. N. Mulheres brancas no fim do período colonial. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 4, p. 75-96, 2008. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1763. Acesso em: 24 nov. 2023.

SODRÉ, M. O fascismo da cor: Uma radiografia do racismo nacional. 1. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2023.

VILLEN, P. Amílcar Cabral e a crítica ao colonialismo: entre a harmonia e a contradição. 1. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2013.

XAVIER, A. A. O. DNA dos brasileiros carrega marcas da colonização. ComCiência, 2020. Disponível em: https://www.comciencia.br/dna-dos-brasileiros-carrega-marcas-da-colonizacao. Acesso em: 31 out. 2021.

XAVIER, G. Entre personagens, tipologias e rótulos da “diferença”: a mulher escrava na ficção do Rio de Janeiro no século XIX. In: XAVIER, G; FARIAS, J. B; GOMES, F. (org.). Mulheres Negras no Brasil escravista e do pós-emancipação. São Paulo: Selo Negro, 2012. p. 67-83.

Publicado

22-12-2023

Número

Sección

Artículos Originales

Cómo citar

BELLO, Andrea Rosa. La mujer, la mujer negra y el tiempo de los hombres: una breve reflexión interseccional. Revista Vértices, [S. l.], v. 25, n. 3, p. e25319298, 2023. DOI: 10.19180/1809-2667.v25n32023.19298. Disponível em: https://editoraessentia.iff.edu.br/index.php/vertices/article/view/19298.. Acesso em: 13 may. 2024.