Conservação ambiental e conflito social na Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.5935/1809-2667.20150009Palavras-chave:
Populações tradicionais, Preservação ambiental, Unidades de conservaçãoResumo
Este artigo sintetiza resultados de pesquisas desenvolvidas junto a comunidades tradicionais ribeirinhas situadas no município de Oriximiná no oeste do estado do Pará. Objetivamos compreender a relação entre populações tradicionais e órgãos ambientais em unidades de conservação ambiental e em áreas não especialmente protegidas na Amazônia. Desenvolvemos a pesquisa em comunidades quilombolas que ocupam áreas de floresta às margens do Rio Trombetas, situadas em unidades de conservação do Governo Federal (a Reserva Biológica do Rio Trombetas e a Floresta Nacional Saracá-Taquera) e comunidades de várzea situadas às margens do rio Nhamundá, que não se encontram em áreas especialmente protegidas. As primeiras vivem um difícil cotidiano de conflito com os órgãos ambientais, já as segundas produziram importante processo de organização coletiva e cooperação com esses órgãos para a fiscalização conjunta de suas unidades de recursos. Mostraremos como a forma de conceituar unidades de proteção pode promover conflitos e acentuar situações de vulnerabilidade frente à forma típica de reprodução social das populações tradicionais da Amazônia brasileira.Downloads
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