Comunidades quilombolas, reconhecimento e proteção social

Autores

  • Amanda Lacerda Jorge
  • André Brandão

DOI:

https://doi.org/10.5935/1809-2667.20120014

Palavras-chave:

Proteção social. Comunidades Quilombolas. Reconhecimento.

Resumo

Este artigo discute a inserção das comunidades remanescentes de quilombos no formato da proteção social que emerge da Constituição de 1988. Tal formato caracteriza-se por um escopo mais amplo de cobertura ao se desvincular, parcialmente, do modelo contributivo vigente desde 1930. De forma específica discutimos o caso da comunidade da Lapinha situada no Norte de Minas Gerais. Apoiados na chamada "Teoria do Reconhecimento", concluímos o artigo apontando que o reconhecimento dos remanescentes de quilombos pressupõe, em primeiro lugar, que estes estabeleçam pontes semânticas capazes de levá-los a identificar situações comuns de privação e derivem daí agenciamentos que garantam a continuidade de suas lutas. Por outro lado, é importante analisar criticamente os processos, a partir dos quais as agências públicas conseguem garantir espaços de paridade participativa, capazes de gerar reconhecimento no campo da justiça que, para além de valorações culturais positivas, possa viabilizar perspectivas de redistribuição econômica.

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Biografia do Autor

  • Amanda Lacerda Jorge
    Graduada em Ciência Sociais, Mestre em Desenvolvimento Social e doutoranda em Políticas Sociais pela UFF - Niterói/RJ - Brasil
  • André Brandão
    Doutor em Ciências Sociais e professor do Programa de Estudo Pós-graduados em Política Social da UFF - Niterói/RJ - Brasil1 Neste trabalho entende-se por Proteção Social, segundo a definição de Cardoso e Jaccoud (2005), o conjunto de políticas eprogramas governamentais destinados à prestação de bens e serviços e à transferência de renda, com o objetivo de cobertura deriscos sociais, garantia de direitos sociais, equalização de oportunidades e enfrentamento das condições de destituição e pobreza

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Publicado

26-10-2012

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

JORGE, Amanda Lacerda; BRANDÃO, André. Comunidades quilombolas, reconhecimento e proteção social. Revista Vértices, [S. l.], v. 14, n. 1 Especial, p. 83–101, 2012. DOI: 10.5935/1809-2667.20120014. Disponível em: https://editoraessentia.iff.edu.br/index.php/vertices/article/view/1809-2667.20120014.. Acesso em: 21 nov. 2024.