The school as heterotopy: acceptance and coexistence between ballet dancers and non-ballet dancers in a public school in Santa Catarina, Brazil
DOI:
https://doi.org/10.19180/1809-2667.v25n12023.16293Keywords:
queer theory, post-structuralism, heteronormativityAbstract
How to conceive a school as a space of acceptance and coexistence between subjects who act in such different ways? Where do many no longer fit within the pre-established (hetero) norm that judges, sentences and punishes behavior outside of male / female binarism? The idea of a non-heteronormative school fits within the concept of heterotopy, a place or space that operates in non-hegemonic conditions. It is intended to describe situations in which students who have different forms of subjectivity assume a posture of acceptance and conviviality of their differences. A study is proposed using post-structuralist and Queer Theory assumptions, aiming to demonstrate how students (dancers) and non-dancers live in a non-heteronormative way. It was analyzed through ethnography how the students positioned themselves in relation to issues of heteronormative differences and the interactions between dancers and non-dancers students at different times and spaces in the school were described. The analyzed school can be considered a heterotopy, where most students accept each other and live together in order to respect their subjectivities.Downloads
References
ACCORDI, I. A.; AMBRÓSIO-ACCORDI, A. Teoria queer na prática: diversidade e diferença de gênero em convivência respeitosa na escola pública. Brazilian Journal of Development, v. 5, n. 7, p. 9419-9427, 2019. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv5n7-130. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/2383. Acesso em: 17 dez. 2020.
AGUILAR, M. A. B; GONÇALVES, J. P. Conhecendo a perspectiva pós-estruturalista: breve percurso de sua história e propostas. Conhecimento Online, v. 9, n. 1, 2017. Disponível em: https://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistaconhecimentoonline/article/view/460. Acesso em: 17 dez. 2020.
BENTO, B. Na escola se aprende que a diferença faz a diferença. Revista Estudos Feministas, v. 19, n. 2, p. 549-559, 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2011000200016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/DMNhmpzNbKWgH8zbgQhLQks/?lang=pt. Acesso em: 17 dez. 2020.
BERTICELLI, I. A. Da escola utópica à escola heterotópica: educação e pós-modernidade. Educação e Realidade, v. 23, n. 1, p. 13-24, 1998. Disponível em: https://www.seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/71351. Acesso em: 17 dez. 2020.
BORTOLINI, A. Diversidade sexual e de gênero na escola. Revista Espaço Acadêmico, v. 11, n. 123, p. 27-37, 2011. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/13953. Acesso em: 17 dez. 2020.
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 13.314, de 19 de julho de 2016. Confere à cidade de Joinville, no Estado de Santa Catarina, o título de Capital Nacional da Dança. Brasília: Presidência da República, 2016. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13314.htm. Acesso em: 18 nov. 2022.
CASTRO, T. B. Heteronormatividade e outros marcadores sociais no jornalismo: uma análise das revistas Cláudia e TPM. 2014. 103 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Comunicação Social) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/111793. Acesso em: 17 dez. 2020.
COELHO, I. Pelas tramas de uma cidade migrante (Joinville, 1980-2010). 2010. 376 f. Tese (Doutorado em História Cultural) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/94353. Acesso em: 17 dez. 2020.
COUTO JÚNIOR, D. R.; OSWALD, M. L. M. B.; POCAY, F. A. Gênero, sexualidade e juventude(s): problematizações sobre heteronormatividade e cotidiano escolar. Civitas, v. 18, n. 1, p. 124-137, jan./abr. 2018. DOI: https://doi.org/10.15448/1984-7289.2018.1.28046. Disponível em: https://www.scielo.br/j/civitas/a/LrQbgVVCt6cvXNfPwgJVkKr/abstract/?lang=pt. Acesso em: 17 dez. 2020.
D’ALAMA, L. Na ausência da família, bailarinos do Bolshoi em SC vivem com mães sociais. UOL Entretê, 27 set. 2015. Disponível em: https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2015/09/27/na-ausencia-da-familia-bailarinos-do-bolshoi-em-sc-vivem-com-maes-sociais.htm. Acesso em: 23 set. 2020.
DANTAS, M. M.L. V.; MAIA, J. B. M.; CORREIA, M. S. Entre príncipe e princesa há um arco-íris de possibilidades: relação de gênero na educação infantil. JOSSHE: Journal of Social Sciences, Humanities and Research in Education, v. 3, n. 1, p. 71-81, 2020. DOI: https://doi.org/10.46866/josshe.2020.v3.n1.68. Disponível em: https://lestu.org/journals/index.php/josshe/article/view/68. Acesso em: 17 dez. 2020.
DIAS, A. F.; MENEZES, C. A. A. Que inovação pedagógica a pedagogia queer propõe ao currículo escolar? Revista Tempos e Espaços em Educação, São Cristóvão, v. 10, n. 23, p. 37-48, 2017. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v10i23.7443. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/revtee/article/view/7443. Acesso em: 18 nov. 2022.
ECKERT, C.; ROCHA, A. L. C. Etnografia de rua: estudo de antropologia urbana. Iluminuras, v. 4, n. 7, p. 1-22, 2003. DOI: https://doi.org/10.22456/1984-1191.9160. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/iluminuras/article/view/9160. Acesso em: 17 dez. 2020.
EXAGERADO. Dicio. Dicionário Online de Português. Disponível em: https://www.dicio.com.br/exagerado/#:~:text=Significado%20de%20Exagerado&text=Que%20tem%20o%20h%C3%A1bito%20ou,super%20exagerado%20para%20a%20ocasi%C3%A3o. Acesso em: 18 nov. 2022.
FISCHMAN, G. E.; MCLAREN, P. Expanding democratic choices: schooling for democracy: toward a critical utopianism. Contemporary Sociology, v. 29, n. 1, p. 168-179, 2000. DOI: https://doi.org/10.2307/2654941. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/2654941. Acesso em: 17 dez. 2020.
FOUCAULT, M. A hermenêutica do sujeito. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
FOUCAULT, M. A história da sexualidade 2: o uso dos prazeres. 8. ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1998. (Biblioteca de Filosofia e História das Ciências, v. 15).
FOUCAULT, M. Outros espaços. In: FOUCAULT, M. Estética: literatura e pintura, música e cinema. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009. p. 411-422. (Ditos e Escritos, 3).
GAYARD, N. A. et al. Uma utopia da presença: situando mundos desejados nos lugares, espaços e sociedades em que vivemos. In: SOUSA, C. M. (org.). Um convite à utopia [online]. Campina Grande: EDUEPB, 2016. p. 169-201. DOI: https://doi.org/10.7476/9788578794880. Disponível em: https://books.scielo.org/id/kcdz2. Acesso em: 5 maio 2021.
GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T. (org.). Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.
GIGLIO, S. S.; NUNES, M. L.F. Reflexões sobre a regulação e a heterotopia nas aulas de Educação Física. Pro-posições, v. 29, n. 3, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1980-6248-2017-0107. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pp/a/q3hkfYDspLqFnmXM4kBQHQh/abstract/?lang=pt. Acesso em: 17 dez. 2020.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas: 2002.
HALL, S. A Identidade Cultural da Pós-Modernidade. 12. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2019.
JAGOSE, A. Queer theory: an introduction. New York: New York University Press, 1996.
LARA NETO, O. A. A Teoria Queer e as sexualidades no contexto brasileiro: desafios teórico metodológicos. In: ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS, 31., 2007, Caxambu. Anais […] Caxambu, 2007. Disponível em: https://www.anpocs.com/index.php/papers-31-encontro/st-7/st18-5/2962-oswaldoneto-a-teoria/file. Acesso em: 17 dez. 2020.
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
LOURO, G. L. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
MISKOLCI, R. Teoria Queer: um aprendizado pelas diferenças. 2. ed. São Paulo: Autêntica, 2017. (Cadernos da Diversidade).
ROSA, R. M. Afetos da docência: por uma cartografia da infância bailarina. 2016. 185 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2016. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/167783. Acesso em: 17 dez. 2020.
RUSSEL, S. T.; CLARKE, T. J.; CLARY, J. Are Teens “post-gay”? Contemporary adolescents’ sexual identity labels. Journal of Youth Adolescence, v. 38, p. 884-890, 2009. DOI: https://doi.org/10.1007/s10964-008-9388-2. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s10964-008-9388-2. Acesso em: 17 dez. 2020.
SALDARRIAGA-VÉLEZ, J. A. Las escuelas críticas: entre la socialización política y los procesos de subjetivación. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, Manizales, v. 14, n. 2, p. 1389-1404, 2016. DOI: https://doi.org/10.11600/1692715x.14234140715. Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?pid=S1692-715X2016000200035&script=sci_arttext&tlng=es. Acesso em: 5 maio 2021.
SANTOS, B. S. De la mano de Alicia: lo social y lo político en la postmordernidad. Santafé de Bogotá: Siglo del Hombre Editores, Facultad de Derecho Universidad de los Andes, Ediciones Uniandes, 1998.
SANTOS, F. S. et al. A dança como prática de lazer: algumas reflexões sobre homens, gênero e o balé clássico. Pensar a Prática, v. 18, n. 2, p. 382-394, 2015. DOI: https://doi.org/10.5216/rpp.v18i2.31888. Disponível em: https://revistas.ufg.br/fef/article/view/31888. Acesso em: 17 dez. 2020.
SANTOS, W. S. Teoria Queer e educação para uma abordagem não normalizadora. Revista Sem Aspas, v. 6, n. 2, p. 183-196, jul./dez. 2017. DOI: https://doi.org/10.29373/semaspas.v6.n2.2017.8224. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/semaspas/article/view/8224. Acesso em: 17 dez. 2020.
SEFFNER, F. Sigam-me os bons: apuros e aflições nos enfrentamentos ao regime da heteronormatividade no espaço escolar. Educação e Pesquisa, v. 39, n. 1, p. 145-159, jan./mar. 2013. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022013000100010&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 17 dez. 2020.
SILVA, J. M. A cidade dos corpos transgressores da heteronormatividade. Geo UERJ, v. 10, n. 18, 2008. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/geouerj/article/view/1343. Acesso em: 17 dez. 2020.
SILVA, T. T. A produção social da identidade e da diferença. In: SILVA, T. T. (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 73-102.
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Andreia Ambrósio-Accordi, Iury de Almeida Accordi
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
The authors of the manuscript submitted to Vértices, hereby represented by the corresponding author, agree to the following terms:
The authors retain the copyright and grant Vértices the right of first publication.
At the same time the work is licensed under the Creative Commons Attribution 4.0 International License, allowing third parties to copy and redistribute the material in any medium or format and to remix, transform, and build upon its content for any legal purpose, even commercially, provided the original work is properly cited.
Authors will not receive any material reward for the manuscript and Essentia Editora will make it available online in Open Access mode, through its own system or other databases.
Authors are authorized to enter into additional contracts separately for non-exclusive distribution of the version of the work published in Vértices (eg, publish in institutional repository or as book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
Authors are permitted and encouraged to disseminate and distribute the post-print (ie final draft post-refereeing) or publisher's version/PDF at online information sources (eg, in institutional repositories or on their personal page) at any time after the first publication of the article by Vértices.
Essentia Editora may make normative, orthographic and grammatical changes in the originals in order to maintain the standard language, with the final consent of the authors.
The content and opinions expressed in the manuscript are the sole responsibility of the author (s).