Residential care for children and adolescents: echoes of the doctrine of irregular situation

Authors

DOI:

https://doi.org/10.19180/1809-2667.v24n32022p900-918

Keywords:

Institutionalization, Residential care, Children and adolescents

Abstract

The present study discusses the culture of institutionalization of children and adolescents developed in Brazil, based on the questioning of the time of issuance of reception and dismissal guides by the judiciary and the reasons that justified the application of this measure by guardianship council, as revealing aspects of remnants of the doctrine of irregular situation. A total of 144 personal records of children and adolescents attended by an institutional care service in a municipality in the State of Pará were analyzed, from 2009 to 2020, based on descriptive analyzes (frequency, mean and standard deviation) and t test, considering the level of statistical significance at p<0.05. It is concluded, based on the results, that echoes of the culture of institutionalization of children and adolescents are observable in the reasons and justifications presented by guardianship council, almost always validating the poverty-risk binomial and with moralizing and pathologizing discourse of the family's housing conditions, as well as by the difference between the time of issuing the reception and dismissal guides by the judiciary.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

  • Alice dos Santos Santos, Fórum Judicial de Barcarena/PA
    Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Auxiliar de secretaria/judiciário do Fórum Judicial de Barcarena/PA - Brasil. E-mail: alicesanthos@gmail.com.
  • Lilia Iêda Chaves Cavalcante, Universidade Federal do Pará, Belém/PA
    Doutorado em Teoria e Pesquisa do Comportamento da Universidade Federal do Pará (UFPA). Professora da Faculdade de Serviço Social na Universidade Federal do Pará – Belém/PA – Brasil. E-mail: liliac@ufpa.br.
  • Dalízia Amaral Cruz
    Doutorado em Teoria e Pesquisa do Comportamento pela Universidade Federal do Pará (UFPA) – Belém/PA – Brasil. E-mail: liz.amaralcruz@gmail.com.
  • Carlos Alberto Batista Maciel, Universidade Federal do Pará, Belém/PA
    Doutorado em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). Professor Associado da Universidade Federal do Pará (UFPA) – Belém/PA – Brasil. E-mail: maciel@ufpa.br.
  • Elson Ferreira Costa, Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém/PA
    Doutorado em Teoria e Pesquisa do Comportamento pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Professor do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade do Estado do Pará (UEPA) – Belém/PA – Brasil. E-mail: elson.fcosta@uepa.br.

References

AMIN, A. R. Evolução histórica do direito da criança e do adolescente. In: MACIEL, K. R. F. L. A. (org.). Curso de direito da criança e do adolescente: aspectos teóricos e práticos. São Paulo: Saraiva, 2018. p. 49-80.

BERBERIAN, T. P. Serviço Social e avaliações de negligência contra criança e adolescente: debates no campo da ética profissional. 2013. 145 f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2013. Disponível em: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17654. Acesso em: 15 jul. 2022.

BERNAL, E. M. B. Arquivos do abandono: experiências de crianças e adolescentes internados em instituições do Serviço Social de Menores de São Paulo (1938-1960). São Paulo: Cortez, 2004.

BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. CNJ. Diagnóstico sobre o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento. Brasília: CNJ, 2020. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/05/relat_diagnosticoSNA2020_25052020.pdf. Acesso em: 5 jan. 2021.

BRASIL. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. CONANDA. Conselho Nacional de Assistência Social. CNAS. Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes. Brasília, 2009. Disponível em: https://www.mds.gov.br/. Acesso em: 5 jan. 2021.

BRASIL. Lei nº 8.069/90, de 13 de julho. Institui o Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: Senado Federal, 1990.

CORRÊA, L. S. et al. Perfil sociodemográfico, familiar e institucional de adolescentes em situação de acolhimento. In: CRUZ, D. A. (org.). A psicologia e suas interfaces no campo social. Guarujá: Científica Digital, 2020. p. 192-214. DOI: https://doi.org/10.37885/978-65-87196-40-4. Disponível em: https://www.editoracientifica.org/books/isbn/978-65-87196-40-4. Acesso em: 20 jan. 2021.

CRESTANI, V.; ROCHA, K. B. Risco, vulnerabilidade e o confinamento da infância pobre. Psicologia & Sociedade, v. 30, p. 1-11, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1807-0310/2018v30177502. Disponível em: https://www.scielo.br/j/psoc/a/PdCQ3kKYR4sL3dpjwvCW7pk/?lang=pt. Acesso em: 20 jan. 2021.

FALEIROS, V. P. Infância e processo político no Brasil. In: RIZZINI, I.; PILLOTTI, F. (org.). A arte de governar crianças. A história das políticas sociais, da legislação e da assistência à infância no Brasil. São Paulo: Cortez, 2011.

FOUCAULT, M. Sobre a geografia. In: MACHADO, R. (org.). Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979. p. 153-165.

FRANCO, J. A. S. O direito do contraditório e da ampla defesa nas aplicações de medidas protetivas de acolhimento institucional na fase das audiências concentradas. 2014. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17680. Acesso em: 5 jan. 2021.

FURLAN, V.; LIMA, A. F. Cultura de institucionalização de crianças e adolescentes: um problema para a psicologia. Psicologia Política, v. 21, n. 50, p. 239-252, jan./abr. 2021. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-549X2021000100017&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 15 jul. 2021.

GOFFMAN, E. Manicômios, Prisões e Conventos. São Paulo: Perspectiva, 2015.

FUKUDA, C. C.; PENSO, M. A.; SANTOS, B. R. Configurações sociofamiliares de crianças com múltiplos acolhimentos institucionais. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 65, n. 1, p. 70-87, 2013. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672013000100006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 4 fev. 2021.

HILLESHEIM, B. et al. Negligência no campo da saúde: estratégia de governo das populações. Psico, v. 39, n. 2, p. 175-181, abr./jun. 2008. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/2294. Acesso em: 20 fev. 2021.

LORENZI, G. W. Uma breve história dos direitos da criança e do adolescente no Brasil, 2007. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/formacao_acao/1semestre_2015/historia_dos_direitos_da_infancia.pdf. Acesso em: 3 fev. 2021.

MACIEL, C. A. B. Desigualdade e a indiferença com a pobreza. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, v. 19, p. 1-11, jan./abr. 2008. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v19i1p1-11. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rto/article/view/14022. Acesso em: 26 jan. 2022.

MARCÍLIO, M. L. História social da criança abandonada. São Paulo: Hucitec, 1989.

MATA, N. T.; SILVEIRA, L. M. B.; DESLANDES, S. F. Família e negligência: uma análise do conceito de negligência na infância. Ciência & Saúde Coletiva, v. 22, n. 9, p. 2881-2888, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232017229.13032017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/pnr7XZk3BHd8dzwK3V3wQtd/?lang=pt. Acesso em: 24 out. 2022.

MEDEIROS, A. L. C. de et al. Orientações sobre acolhimento institucional. Rondônia: Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação, 2009. Disponível em: http://www.mpgo.mp.br/portal/arquivos/2013/07/15/13_24_37_815_Orienta%C3%A7%C3%B5es_sobre_Acolhimento_Institucional.pdf. Acesso em: 10 dez. 2021.

MORAIS, C. de A.; BORBA, A.; KOLLER, S. H. O uso do diário de campo no processo de inserção ecológica. In: KOLLER, S. H.; MORAIS, N. A.; PALUDO, S. S. (org.). Inserção ecológica: um método de estudo do desenvolvimento humano. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2016. p. 299-320.

PAIVA, I. L.; MOREIRA, T. A. S.; LIMA, A. M. Acolhimento institucional: famílias de origem e a reinstitucionalização. Rev. Direito Práx., v. 10, n. 2, p. 1405-1429, abr./jun. 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/2179-8966/2019/40414. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rdp/a/TfwJCF3CZfLs474TBS7nZHm/?lang=pt. Acesso em: 24 out. 2022.

PASSETTI, E. Crianças carentes e políticas públicas. In: DEL PRIORE, M. (org.). História das crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2013. p. 347-375.

PILOTTI, F.; RIZZINI, I. (ed.). A arte de governar crianças: a história das políticas sociais, da legislação e da assistência à infância no Brasil. Rio de Janeiro: Amais, 2011.

RIZZINI, I.; RIZZINI, I. A institucionalização de crianças e adolescentes no Brasil: percurso histórico e desafios do presente. São Paulo: Loyola, 2004.

ROSSETTI-FERREIRA, M. A.; SERRANO, S. A.; ALMEIDA, I. G. A Criança e o adolescente como sujeito ativo e de direitos no processo de acolhimento institucional: uma longa história ainda inacabada. In: ROSSETTI-FERREIRA, M. A.; SERRANO, S. A.; ALMEIDA, I. G. (org.). O acolhimento institucional na perspectiva da criança. São Paulo, SP: Hucitec, 2011. p. 29-59.

SANTOS, M. Pensando o espaço do homem. São Paulo: Edusp, 2004.

SANTOS, N. L.; ROESCH, D.; CRUZ, L. R. Vulnerabilidade e risco social: produção de sentidos no campo socioassistencial. Revista Jovens Pesquisadores, v. 4, n. 1, p. 119-127, 2014. DOI: https://doi.org/10.17058/rjp.v4i1.4515. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/jovenspesquisadores/article/view/4515. Acesso em: 24 out. 2022.

SILVA, J. A. O processo de revitimização de crianças que vivenciam a violência sexual. Boletim Científico ESMPU, n. 47, p. 11-52, jan./jun. 2016. Disponível em: https://escola.mpu.mp.br/publicacoes/boletim-cientifico/edicoes-do-boletim/boletim-cientifico-n-47-janeiro-junho-2016/o-processo-de-revitimizacao-de-criancas-que-vivenciam-a-violencia-sexual. Acesso em 10 dez. 2021.

SIQUEIRA, A. C.; MASSIGNAN, L. T.; DELL’AGLIO, D. D. Reinserção familiar de adolescentes: processos malsucedidos. Paidéia, v. 21, n. 50, p. 383-391, set./dez. 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-863X2011000300011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/paideia/a/DnZwzFGfytWSHY4pGTVnBgN/?lang=pt. Acesso em: 24 out. 2022.

SIQUEIRA, K. O. M.; LINO, M. V. Assistência social e biopoder: produzindo “vulnerabilidades”, prevenindo “riscos” e normalizando as formas de viver. Mnemosine, v. 9, n. 2, p. 35-53, 2013. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/mnemosine/article/view/41526. Acesso em: 20 jan. 2022.

VALENTE, J. A. G. Curso Famílias Acolhedoras: uma prioridade. Rio de Janeiro: Instituto Fazendo História, IFH, 2020. (Comunicação Oral).

VILELA, L. F. (org.). Enfrentando a violência na rede de saúde pública do Distrito Federal. Brasília: Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, 2005.

Published

25-11-2022

Issue

Section

Original articles

How to Cite

SANTOS, Alice dos Santos; CAVALCANTE, Lilia Iêda Chaves; CRUZ, Dalízia Amaral; MACIEL, Carlos Alberto Batista; COSTA, Elson Ferreira. Residential care for children and adolescents: echoes of the doctrine of irregular situation. Revista Vértices, [S. l.], v. 24, n. 3, p. 900–918, 2022. DOI: 10.19180/1809-2667.v24n32022p900-918. Disponível em: https://editoraessentia.iff.edu.br/index.php/vertices/article/view/16975.. Acesso em: 22 jul. 2024.