Cuotas raciales: caminos abiertos entre el “machete” y el “bisturí”
DOI:
https://doi.org/10.19180/1809-2667.v25n12023.17159Palabras clave:
cuotas raciales, política pública, BrasilResumen
A principios de la década de 2000, los debates y enfrentamientos por la adopción de acciones afirmativas, especialmente a través de la reserva de vacantes para la población negra, las llamadas cuotas raciales, tensaron el escenario académico. En este artículo, utilizo la memoria de mi trayectoria académica de estudiante a profesor universitario durante el proceso de discusión e implementación de las cuotas raciales en Brasil para resaltar hechos y debates sobre el tema en foco. En el período 2000-2012 lo nombraré el camino abierto “al machete” a favor de las cuotas raciales, en el que se sintió la intensificación y polarización contraria a la discusión, así como el enfrentamiento con el contexto adverso. Desde 2012 hasta el presente, lo llamaré el momento del “bisturí” en que la política de acción afirmativa tiene respaldo legal y efectividad en la sociedad brasileña, pero aún es combatida por sus detractores.Descargas
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