Memórias das experiências iniciais em um Instituto Federal: o Ensino Médio Integrado no IFPA Campus Abaetetuba (2008–2013)
DOI:
https://doi.org/10.19180/1809-2667.v24n22022p316-336Palavras-chave:
Educação Profissional e Tecnológica, Ensino Médio Integrado, História e Memória, História OralResumo
A presente pesquisa trata da história e memória de implantação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Campus Abaetetuba, de forma a investigar como se deu a implementação do Ensino Médio Integrado (EMI) no processo de implantação desse Campus. Para tanto, efetuamos uma pesquisa com abordagem qualitativa baseada no levantamento bibliográfico, pesquisa documental e história oral. Com relação ao referencial teórico e metodológico, privilegiou-se Gil (2002) no que tange à pesquisa documental, Alberti (1996, 2004, 2012) e Portelli (1997, 2006) acerca de história oral e memória; ao se discutir o Ensino Médio Integrado e a Educação Profissional e Tecnológica nos baseamos nas premissas de Frigotto; Ciavatta e Ramos (2005). A pesquisa permitiu identificar diversos problemas estruturais, além de deficit de recursos didáticos nos anos iniciais de implantação desse espaço educacional, assim como o esforço de docentes e técnicos para garantir formação integral aos alunos, formação humana para a qualificação profissional, também para a crítica e transformação social. Por fim, identificou-se o protagonismo do movimento estudantil na reinvindicação por melhorias.Downloads
Referências
ALBERTI, V. O que documenta a fonte oral? Possibilidades para além da construção do passado. In: SEMINÁRIO DE HISTÓRIA ORAL, 2., 1996, Belo Horizonte. Anais […]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 1996. p. 02-13. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/6767?show=full. Acesso em: 28 jul. 2022.
ALBERTI, V. De "versão" a "narrativa" no Manual de história oral. História Oral, v. 15, n. 2, p. 159-166, jul./dez. 2012. DOI: https://doi.org/10.51880/ho.v15i2.263. Disponível em: https://revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/263. Acesso em: 12 dez. 2021.
ALBERTI, V. Manual de história oral. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
ANDRADE, T. O. Memória e história institucional: o processo de constituição da Escola Superior de Agricultura de Lavras – ESAL – (1892 – 1938). 2006. 141 f. Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG, 2006.
ANJOS, N. B. Tira a mão do meu IF: movimento estudantil e o direito à permanência em tempos de ataques à educação. 2019. 108 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Sociais e Cidadania) - Programa de Pós-Graduação da Universidade Católica do Salvador, Salvador, 2019.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Políticas Públicas para a Educação Profissional e Tecnológica. Brasília, DF, 2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/p_publicas.pdf. Acesso em: 24 mar. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Brasília, 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/component/content/article/137-programas-e-acoes-1921564125/pde-plano-de-desenvolvimento-da-educacao-102000926/176-apresentacao. Acesso em: 5 out. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria n.º 698, de 9 de junho de 2008. Dispõe sobre a autorização do Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará, CEFET, PA para promover o funcionamento de sua UNED de Abaetetuba, PA. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 2008. Brasília, DF, 2008a. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/diarios/616120/pg-39-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-10-06-2008. Acesso em: 3 abr. 2020.
BRASIL. Presidência da República. Lei Federal n.º 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Lei de Criação da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 2008. Brasília, DF, 2008b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11892.htm. Acesso em: 10 mar. 2020.
BRASIL. Presidência da República. Portaria N.º 4, de 6 de janeiro de 2009. Lei que estabelece a relação dos campi que passarão a compor cada um dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 2009. Brasília, DF, 2009. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/sec1.pdf. Acesso em: 24 mar. 2020.
CÂNDIDO, F. G. Entre a História e a Memória: acervo online sobre o processo histórico do Instituto Federal do Ceará. 2019. 173 f. Dissertação (Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica) - Programa de Pós-graduação em Educação Profissional e Tecnológica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Fortaleza, 2019.
CASSAB, L. A.; RUSCHEINSKY, A. Indivíduo e ambiente: a metodologia de pesquisa da história oral. Biblos, Rio Grande, v. 16, p. 7-24, 2004. Disponível em: https://periodicos.furg.br/biblos/article/view/125. Acesso em: 28 jul. 2022.
CIAVATTA, M. A formação integrada: a escola e o trabalho como lugares de memória e de identidade. Revista Trabalho Necessário, v. 3, n. 3, 2005. DOI: https://doi.org/10.22409/tn.3i3.p6122. Disponível em: https://periodicos.uff.br/trabalhonecessario/article/view/6122. Acesso em: 28 jul. 2022.
CIAVATTA, M. Do discurso à imagem: fragmentos da história fotográfica da reforma do ensino médio técnico no CEFET Química. In: FRIGOTTO, G.; CIAVATTA, M. (org.). A formação do cidadão produtivo: a cultura de mercado no ensino médio técnico. Brasília: INEP, MEC, 2006. p. 311-341.
CIAVATTA, M.; RAMOS, M. Ensino Médio Integrado. In: CALDART, R. S. et al. (org.). Dicionário da Educação do Campo. São Paulo: Expressão Popular, 2012. p. 307-315.
DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 432 p.
FERREIRA, M. M.; AMADO, J. Usos e abusos da história oral. 8. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
FRIGOTTO, G., CIAVATTA, M.; RAMOS, M. O trabalho como princípio educativo no projeto de educação integral de trabalhadores. In: COSTA, H.; CONCEIÇÃO, M. (org.). Educação integral e sistema de reconhecimento e certificação educacional e profissional. São Paulo: CUT, 2005. p. 19-62.
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. Tradução Sandra Regina Netz. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GRABOWSKI, G. Financiamento da educação profissional. In: GRABOWSKI, G. Novas perspectivas para a educação profissional e tecnológica no Brasil. Brasília, 2005. Mimeografado.
GOHN, M. G. Movimentos Sociais na Contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 16, n. 47, p. 333-361, maio/ago. 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782011000200005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/vXJKXcs7cybL3YNbDCkCRVp/abstract/?lang=pt. Acesso em: 28 jul. 2022.
HALBWACHS, M. A Memória Coletiva. Tradução de Beatriz Sidou. São Paulo: Centauro, 2006. 224 p.
IBGE. Divisão Territorial Brasileira, DTB. Rio de Janeiro, RJ, 2020. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/estrutura-territorial/23701-divisao-territorial-brasileira.html?edicao=30111&t=acesso-ao-produto. Acesso em: 21 nov. 2020.
LOBATO, A. M. L. Re-contando a história da Escola Técnica Federal do Pará: a educação profissional em marcha de 1967 a 1979. 2012. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza, 2012.
MENDES, G. O. História e Memórias dos Pioneiros da Educação Profissional em Goiás: narrativas para a constituição do Instituto Federal Goiano. 2019. 175 f. Dissertação (Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica) – Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica, Instituto Federal Goiano, Morrinhos, 2019.
MINAYO, M. C. S. Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. 26. ed. Petrópolis: Vozes, 2007.
MOTTA, M. S. Histórias de vida e história institucional: a produção de uma fonte histórica. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 18., 1995, Recife. Anais […]. Rio de Janeiro: CPDOC/FGV, 1995. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/6735. Acesso em: 15 mar. 2020.
PARÁ. Decreto legislativo n.º 52, de 17 de dezembro de 2007. Diário Oficial do Estado do Pará, DOE/PA n.º 31.017/2017, Belém, PA, 2007.
PORTELLI, A. Tentando aprender um pouquinho. Algumas reflexões sobre a ética na história oral. Projeto História, São Paulo, n. 15, p. 13-49, abr. 1997.
PORTELLI, A. O massacre de Civitella Val di Chiana (Toscana, 29 de junho de 1944): mito e política, luto e senso comum. In: FERREIRA, M. M.; AMADO, J. (org.). Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
RAMOS, M. N. Currículo Integrado. In: PEREIRA, I. B. Dicionário da educação profissional em saúde. 2. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: EPSJV, 2008. p. 114-124.
RAMOS, M. N. História e política da educação profissional. Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2014. Disponível em: https://curitiba.ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2016/05/Hist%C3%B3ria-e-pol%C3%ADtica-da-educa%C3%A7%C3%A3o-profissional.pdf. Acesso em: 6 fev. 2019.
RAMOS, M. N. Concepção do Ensino Médio Integrado. Texto apresentado em seminário promovido pela Secretaria de Educação do Estado do Pará nos dias 8 e 9 de maio de 2008.
SCHIEDECK, S. Narrativas Memoriais sobre os Institutos Federais: a concepção de uma nova institucionalidade para a educação profissional e tecnológica. 2019. 95 f. Dissertação (Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica) - Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2019.
SILVA, J. S. Práticas de Letramento no IFPA/Campus Abaetetuba: oficinas de redação para o Enem como instrumento de formação cidadã. 2018. Monografia (Especialização em Docência para a Educação Profissional, Científica e Tecnológica) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Belém, 2018.
SILVA, V. M. Instrumentos de gestão aplicados ao processo de integração entre ensino, pesquisa, extensão e inovação em uma instituição federal de educação profissional, científica e tecnológica. 2018. Monografia (Especialização em Docência para a Educação Profissional, Científica e Tecnológica) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Belém, 2018.
TEIXEIRA, E. As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Sergio Ricardo Pereira Cardoso, Andréa Fernanda Ferreira Quaresma
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores do manuscrito submetido à revista Vértices, representados aqui pelo autor correspondente, concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem sem ônus financeiro à revista Vértices o direito de primeira publicação.
Simultaneamente o trabalho está licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite copiar e redistribuir os trabalhos por qualquer meio ou formato, e também para, tendo como base o seu conteúdo, reutilizar, transformar ou criar, com propósitos legais, até comerciais, desde que citada a fonte.
Os autores não receberão nenhuma retribuição material pelo manuscrito e a Essentia Editora irá disponibilizá-lo on-line no modo Open Access, mediante sistema próprio ou de outros bancos de dados.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada na revista Vértices (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
Os autores têm permissão e são estimulados a divulgar e distribuir seu trabalho online na versão final (posprint) publicada pela revista Vértices em diferentes fontes de informação (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer tempo posterior à primeira publicação do artigo.
A Essentia Editora poderá efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, contando com a anuência final dos autores.
As opiniões emitidas no manuscrito são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).