A verticalização na educação profissional técnica e tecnológica, nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: entre conceitos e práticas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.19180/1809-2667.v25n32023.20834

Palavras-chave:

EPT, Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, verticalização

Resumo

O presente artigo aborda a proposta de verticalização do ensino, característica dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. O objetivo foi discutir aspectos conceituais e práticos relacionados a essa concepção curricular. Trata-se de um estudo exploratório, baseado em fontes bibliográficas, realizado no escopo da elaboração da pesquisa de mestrado da autora. Aborda-se, inicialmente, um histórico das políticas educacionais brasileiras relacionadas à educação profissionalizante. Na sequência, apresenta-se o histórico relacionado ao surgimento dos Institutos Federais, mostrando que o embasamento filosófico-educativo presente nos IFs propõe-se a superar a dicotomia tradicionalmente cultivada entre formação técnica x formação acadêmica. Por fim, apontam-se alguns dos desafios encontrados referentes à questão da verticalização, abordando a visão conceitual e trazendo aprofundamentos reflexivos sobre o significado da proposta de verticalização do ensino, mostrando que esta não se restringe à simples disponibilização da possibilidade de cursar as diversas etapas formativas, em múltiplas áreas, numa única instituição.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Suzany Campos Coelho, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFFluminense), Macaé/RJ
    Mestranda do Curso de Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFFluminense) Campus Macaé/RJ – Brasil. E-mail: suzanycoelho2@gmail.com.

Referências

AMARO, S. Serviço Social em escolas: fundamentos, processos e desafios. Petrópolis: Vozes, 2017.

ANTONIAZZI, M. R. F. A educação profissional no contexto da sociedade capitalista brasileira: análise a partir do método crítico-dialético. Revista entreideias, Salvador, v. 1, n. 2, p. 127-145, jul./dez. 2012. DOI: https://doi.org/10.9771/2317-1219rf.v1i2.6634. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/entreideias/article/view/6634. Acesso em: 14 jun. 2023.

BRASIL. Concepção e diretrizes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Brasília: MEC/Setec, 2008a. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf3/ifets_livreto.pdf. Acesso em: 14 jun. 2023.

BRASIL. Decreto nº 6.095, de 24 de abril de 2007. Estabelece diretrizes para o processo de integração de instituições federais de educação tecnológica, para fins de constituição dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia - IFET, no âmbito da Rede Federal de Educação Tecnológica. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6095.htm. Acesso em: 10 set. 2023.

BRASIL. Decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909. Cria nas capitais dos Estados da República Escola de Aprendizes Artífices, para o ensino profissional primário e gratuito. Collecção das Leis da República dos Estados Unidos do Brazil - 1909. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1913. v. 2, p. 445-447.

BRASIL. Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1961. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4024.htm. Acesso em: 10 set. 2023.

BRASIL. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1971. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5692.htm. Acesso em: 10 set. 2023.

BRASIL. Lei no 7.044 de 18 de outubro de 1982. Altera dispositivos da Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971, referentes a profissionalização do ensino de 2º grau. Brasília, DF: Presidência da República, 1982. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7044.htm. Acesso em: 10 set. 2023.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 10 set. 2023.

BRASIL. Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2008b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11892.htm. Acesso em: 14 jun. 2023.

CUNHA, L. A. O ensino industrial-manufatureiro no Brasil. Revista Brasileira de Educação, n. 14, p. 89-107, maio/ago. 2000. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/FNsjBnkcM5S5dPpbSgwNPGB/abstract/?lang=pt. Acesso em: 12 maio 2023.

FERNANDES, M. R. S. O processo de verticalização da educação profissional e tecnológica e suas implicações na qualidade do trabalho dos docentes do Campus São Vicente do Sul do Instituto Federal Farroupilha. 2013. 103 f. Dissertação (Mestrado em Educação Agrícola) - Faculdade de Agronomia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2013. Disponível em: https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/2787. Acesso em: 5 jul. 2023.

FRIGOTTO, G. Teoria e práxis e o antagonismo entre a formação politécnica e as relações sociais capitalistas. Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 7, suplemento, p. 67-82, 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tes/a/zQ8Gc4nzkz3y5kSfcxqdRZk/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 12 maio 2023.

GADOTTI, M. Concepção dialética da educação: um estudo introdutório. 16. ed. São Paulo: Cortez, 2012.

GOMES, L. C. G. Escola de Aprendizes de Artífices de Campos: história e imagens. Campos dos Goytacazes: Essentia Editora, 2017. Disponível em: https://editoraessentia.iff.edu.br/index.php/livros/issue/view/197. Acesso em: 10 fev. 2023.

GONÇALVES, H. J. L. et al. Marcas e trajetórias da educação profissional no Brasil parte 3: dos anos 60 ao surgimento dos Institutos Federais. Revista Científica Eletrônica Iluminart. São Paulo: IFSP (Campus Sertãozinho), v. 5, p. 45-59, jun. 2013. Disponível em: http://revistailuminart.ti.srt.ifsp.edu.br/index.php/iluminart/search/authors/view?firstName=Ana&middleName=Cl%C3%A9dina&lastName=Rodrigues%20Monteiro&affiliation=Universidade%20Federal%20de%20S%C3%A3o%20Paulo%20-%20UNIFESP&country=BR. Acesso em: 12 maio 2023.

GRABOWSKI, G.; KUENZER, A. Z. A produção do conhecimento no campo da educação profissional no regime de acumulação flexível. HOLOS, ano 32, v. 6, p. 22-32, out. 2016. DOI: https://doi.org/10.15628/holos.2016.4983. Disponível em: http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/4983. Acesso em: 29 jun. 2023.

HARVEY, D. A condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudanca cultural. São Paulo: Loyola, 1992.

HELLER, A. A Filosofia Radical. São Paulo: Brasiliense, 1983.

LIRA NETO. Getúlio (1930-1945): do governo provisório à ditadura do Estado Novo. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

MAGALHÃES, G.; CASTIONI, R. Educação profissional no Brasil – expansão para quem? Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 27, n. 105, p. 732-754, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-40362019002701647. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ensaio/a/dC5fb7qHcYKpsyjSnp6ZPry/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 29 jun. 2023.

MOREIRA, A. F.; SILVA, T. T. (org.). Currículo, cultura e sociedade. São Paulo: Cortez, 2011.

NASCIMENTO, M. M.; CAVALCANTI, C. J. H.; OSTERMANN, F. Dez anos de instituição da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica: o papel social dos institutos federais. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 101, n. 257, p. 120-145, 2020. DOI: https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.101i257.4420. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbeped/a/j66w94G68d56Z3CQhv5vCzG/abstract/?lang=pt. Acesso em: 12 jul. 2023.

OLIVEIRA, A. M.; GONÇALVES JUNIOR, O. Políticas Públicas e Sociedade: Configurações da Política de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica no IFSULDEMINAS. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PESQUISA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E DESENVOLVIMENTO SOCIAL, 1., 2014, Franca. Anais […]. Franca: Unesp, 2014. Disponível em: https://www.franca.unesp.br/Home/Pos-graduacao/-planejamentoeanalisedepoliticaspublicas/isippedes/ana-marcelina-de-oliveira.pdf. Acesso em: 12 jul. 2023.

OTRANTO, C. R. Criação e implantação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia de Educação, Ciência e Tecnologia – IFETs. RETTA, v. 1, n. 1, p. 89-110, jan./jun. 2010. Disponível em: http://www.ia.ufrrj.br/ppgea/conteudo/Retta/N01-2010.pdf. Acesso em: 12 jul. 2023.

QUEVEDO, M. Um olhar para o IFRS: concepções sobre a verticalização nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia de Educação, Ciência e Tecnologia. In: ANPED-SUL - REUNIÃO CIENTÍFICA REGIONAL DA ANPED, 11., 2016, Curitiba. Anais […]. Curitiba: UFPR, 2016. Disponível em: http://www.anpedsul2016.ufpr.br/portal/wp-content/uploads/2015/11/eixo21_MARGARETE-DE-QUEVEDO.pdf. Acesso em: 2 maio 2023.

RIBEIRO, A. F. Taylorismo, fordismo e toyotismo. Lutas sociais, v. 19, n. 35, p. 65-79, 2015. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/ls/article/view/26678. Acesso em: 10 jan. 2024.

RIBEIRO, E. C. S.; SOBRAL, K. M.; JATAÍ, R. P. Omnilateralidade, politecnia, escola unitária e educação tecnológica: uma análise marxista. In: JOINGG – JORNADA INTERNACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EM ANTONIO GRAMSCI, 1.; JOREGG – JORNADA REGIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EM ANTONIO GRAMSCI, 7., 2016, Fortaleza, CE. Anais […]. Fortaleza, CE: FACED/UFC, 2016. Disponível em: http://www.ggramsci.faced.ufc.br/wp-content/uploads/2017/06/OMNILATERALIDADE-POLITECNIA-ESCOLA-UNIT%C3%81RIA-E-EDUCA%C3%87%C3%83O-TECNOL%C3%93GICA-UMA-AN%C3%81LISE-MARXISTA.pdf. Acesso em: 5 jul. 2023.

SAVIANI, D. A política educacional no Brasil. In: STEPHANOU, M.; BASTOS, M. H. C. (org.). História e memórias da educação no Brasil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.

SAVIANI, D. Vicissitudes e perspectivas do direito à educação no Brasil: abordagem histórica e situação atual. Educ. Soc., Campinas, v. 34, n. 124, p. 743-760, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302013000300006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/BcRszVFxGBKxVgGd4LWz4Mg/abstract/?lang=pt. Acesso em: 12 jul. 2023.

SILVA, C. (org.). Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia Lei 11.892, de 29/12/2008: comentários e reflexões. Natal: IFRN, 2009. Disponível em: https://memoria.ifrn.edu.br/bitstream/handle/1044/1071/Institutos%20Federais%20Comentarios%20e%20Reflexoes%20-%20Ebook.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 12 jul. 2023.

SOUZA, J. S. A formação do trabalhador no contexto da reconfiguração do trabalho, da produção e dos mecanismos de mediação do conflito de classe. Revista Contemporânea de Educação, v. 10, n. 20, jul./dez. 2015. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rce/article/view/2317. Acesso em: 12 jul. 2023.

TUPPY, M. I. N. A Educação Profissional. In: OLIVEIRA, R. P.; ADRIÃO, T. (org.). Organização do ensino no Brasil: níveis e modalidades na Constituição Federal e na LDB. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Xamã, 2007. v. 1. p. 107-121.

Publicado

19-01-2024

Edição

Seção

Artigos de revisão

Como Citar

A verticalização na educação profissional técnica e tecnológica, nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: entre conceitos e práticas. Revista Vértices, [S. l.], v. 25, n. 3, p. e25320834, 2024. DOI: 10.19180/1809-2667.v25n32023.20834. Disponível em: https://editoraessentia.iff.edu.br/index.php/vertices/article/view/20834.. Acesso em: 27 abr. 2024.