Programa saúde na escola: rastreamento de estudantes com alterações audiológicas matriculados em duas escolas municipais de Macaé
DOI:
https://doi.org/10.19180/1809-2667.v22n32020p475-484Palavras-chave:
Audição, Educação, Estudantes, Promoção da SaúdeResumo
Introdução: O Programa Saúde na Escola prevê a ação “Promoção da saúde auditiva e identificação de educandos com possíveis sinais de alteração”. Objetivo: Identificar a proporção de estudantes que apresentam comportamentos indicativos de alterações audiológicas, em duas escolas da rede municipal de ensino de Macaé. Desenvolvimento: Foi realizado um estudo descritivo, com estudantes entre 8 e 14 anos, de duas escolas de Macaé, em 2018. Utilizou-se um formulário com informações sobre comportamentos indicativos de perda auditiva, assinalados pelo próprio estudante. Dos 199 estudantes, 46,2% eram da escola 1 e 53,8% eram da escola 2. Quanto o comportamento indicativo de alterações audiológicas, para a opção SEMPRE as maiores proporções foram: viram a cabeça na direção da voz do professor ou do colega quando fala (25,6%); têm dificuldade de ouvir o que o professor fala, quando escreve a matéria no quadro de costas (16,1%); apresentam dificuldade de falar o que está pensando (11,1%); sentem um zumbido na orelha (12,6%). Conclusão: Virar a cabeça na direção da voz do professor ou do colega quando fala e ter dificuldade de ouvir o que o professor fala quando escreve de costas foram as alterações audiológicas de maior proporção.Downloads
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno do gestor do PSE, Brasília, 2015. 68 p.: il. ISBN 978-85-334-2233-9
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Diário Oficial da União: Seção 1, n. 12, p. 59, 13 jun. 2013. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. Acesso em: 19 jan. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde na escola. Brasília, 2009. 96 p.: il. (Série B. Textos Básicos de Saúde; Cadernos de Atenção Básica, n. 24).
BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Programa Saúde na Escola. Brasília, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva. Portaria GM nº 2073, de 28 de setembro de 2004. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt2073_28_09_2004.html. Acesso em: 31 mar. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta de saúde da criança. Menina. Passaporte da cidadania. 2018. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_menina_12ed.pdf Acesso em: 18 mar. 2020.
BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola - PSE, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 5 dez, 2007.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia de Assuntos Jurídicos. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Institui o Estatuto da criança e do adolescente e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm Acesso em: 22 out. 2020.
BOOTHRAY, A. Hearing impairment in young children. New York: [S. n.], 1982.
CASEMIRO, J. P.; FONSECA, A. B. C.; SECCO, F. V. M. Promover saúde na escola: reflexões a partir de uma revisão sobre saúde escolar na América Latina. Ciênc. Saúde Coletiva, v. 19, n. 3, p. 829-840, 2014.
CAPELLI, J. C. S. et al. Panorama da saúde auditiva e a política nacional de atenção voltadas às pessoas com deficiência auditiva no Brasil. In: CAPELLI, J. C. S. et al. (org.). A pessoa com deficiência auditiva: os múltiplos olhares da família, saúde e educação. 1.ed. Porto Alegre: Rede Unida, 2016. Disponível em: http://www.redeunida.org.br/editora/biblioteca-digital/colecao-micropolitica-do-trabalho-e-o-cuidado-em-saude/a-pessoa-com-deficiencia-auditiva-pdf. Acesso em: 23 fev. 2020.
CAPELLI, J. C. S.; ALMEIDA, M. F. L. Audição e prótese auditiva para escolares: Projeto Saúde Amada. Macaé: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Campus Macaé Professor Aloisio Teixeira, 2013.
COLELLA-SANTOS, M. F. et al. Triagem auditiva em escolares de 5 a 10 anos.Rev. CEFAC, v. 11, n. 4, p. 644-653, 2009.
COMITÊ BRASILEIRO SOBRE PERDAS AUDITIVAS NA INFÂNCIA. Recomendação 01/99. Dispõe sobre os problemas auditivos no período neonatal. Jornal do Conselho Federal de Fonoaudiologia, v. 5, p. 3-7, 2000.
FERNANDES, F. M. et al. Como ocorre o desenvolvimento da linguagem na infância? In: CAPELLI, J. C. S. et al. (org.). A pessoa com deficiência auditiva: os múltiplos olhares da família, saúde e educação. 1.ed. Porto Alegre: Rede Unida. 2016. Disponível em: http://www.redeunida.org.br/editora/biblioteca-digital/colecao-micropolitica-do-trabalho-e-o-cuidado-em-saude/a-pessoa-com-deficiencia-auditiva-pdf. Acesso em: 22 fev 2020
FIGUEIREDO, P. S. et al. Promovendo a saúde auditiva no programa saúde na escola de Macaé. Saúde em Redes, v. 5, n. 2., p. 165-174, 2019.
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Macaé. 2010. Rio de Janeiro. Cidades@. IBGE. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=330240. Acesso em: 12 mar. 2020.
HEARING LOSS ORGANIZATION. Facts on hearing loss. Disponível em: http://www.shhh.org/html/hearing_loss_fact_sheets.html Acesso em: 13 Set 2017.
HODGSON, W. R. Avaliação audiológica em crianças pequenas. In: KATZ, J. Tratado de audiologia clínica. São Paulo: Manole, 1989.
MARAZITA, M. L. et al. Genetic epidemiological studies of early-onset deafness in the U.S. school-age population. Am J Med Genet, v. 46, p. 486-91, 1993.
MARTINS, C. I. S. et al. Análise comparativa da avaliação cognitivo-linguística em escolares ouvintes e usuário de implante coclear. CoDAS, São Paulo, v. 30, n. 4, e20170133, 2018.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Saúde auditiva no ambiente escolar. Belo Horizonte: SEMG, SEEMG, PUC Minas, CRF, 2018. v.1: Identificação de crianças com risco de perda auditiva.
OLIVEIRA, R. T. O.; OLIVEIRA, J. P. A triagem auditiva escolar enquanto instrumento de parceria entre a saúde e a educação. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 9., ENCONTRO SUL BRASILEIRO DE PSICOPEDAGOGIA, 3., 26 a 29 de outubro de 2009, PUCPR, Paraná. Disponível em: http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2647_1504.pdf . Acesso em: 24 set 2017.
ONODA, R. M.; AZEVEDO, M. F.; SANTOS, A. M. N. Neonatal Hearing Screening: failures, hearing loss and risk indicators. Braz J Otorhinolaryngol., v. 77, n. 6, p. 775-83, 2011.
RIOS, N. V. F.; NOVAES, B. C. A. C. O processo de inclusão de crianças com deficiência auditiva na escola regular: Vivências de professores. Rev. Bras. Ed. Esp., Marília, v.15, n.1, p.81-98, jan./abr. 2009.
SANTEE, D. P.; VALE, O. C. Programa de prevenção e identificação precoce de alterações auditivas neonatais. Estudos, v. 33, n. 5/6, p. 333-356, 2006.
SENO, M. P. A inclusão do aluno com perda auditiva na rede municipal de ensino na cidade de Marília. Rev. Psicopedagogia, v. 26, n. 81, p. 376-87, 2009.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE OTOLOGIA. Campanha Nacional de Saúde Auditiva. Silêncio e necessidade de ação: São mais de 5 milhões. Disponível em: http://www.saudeauditiva.org.br/novo_site/index.php?s=imprensa/releases/silencio-e-acao.php. Acesso em: 21 dez 2019.
TAMANINI, D. et al. Triagem auditiva escolar: Identificação de alterações auditivas em crianças do primeiro ano do ensino fundamental. Rev. CEFAC, v. 17, n. 5, p. 1403-1414, 2015.
VIEIRA, A. B. C.; MACEDO, L. R. O diagnóstico da perda auditiva na infância. Pediatria, São Paulo, v. 29, p. 43-49, 2007.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Paula Silva Figueiredo, Tathyana Bichara de Souza Neves, Kelly Mariana Pimentel Queiroz, Vivian de Oliveira Sousa Corrêa, Jane de Carlos Santana Capelli
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores do manuscrito submetido à revista Vértices, representados aqui pelo autor correspondente, concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem sem ônus financeiro à revista Vértices o direito de primeira publicação.
Simultaneamente o trabalho está licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite copiar e redistribuir os trabalhos por qualquer meio ou formato, e também para, tendo como base o seu conteúdo, reutilizar, transformar ou criar, com propósitos legais, até comerciais, desde que citada a fonte.
Os autores não receberão nenhuma retribuição material pelo manuscrito e a Essentia Editora irá disponibilizá-lo on-line no modo Open Access, mediante sistema próprio ou de outros bancos de dados.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada na revista Vértices (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
Os autores têm permissão e são estimulados a divulgar e distribuir seu trabalho online na versão final (posprint) publicada pela revista Vértices em diferentes fontes de informação (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer tempo posterior à primeira publicação do artigo.
A Essentia Editora poderá efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, contando com a anuência final dos autores.
As opiniões emitidas no manuscrito são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).