Catadores da sobrevivência: a “matéria viva” no cenário do lixo

Autores

  • Carlos Antonio de Souza Moraes Universidade Federal Fluminense (UFF)

DOI:

https://doi.org/10.5935/1809-2667.20090009

Palavras-chave:

Catadores de lixo, Lixo, Relatos de vida

Resumo

Este artigo objetiva identificar quem é o catador de lixo na atualidade, além de analisar o que o levou a desempenhar esta atividade. Para tanto, realizamos pesquisa bibliográfica e de campo que possibilitaram compreender a trajetória de vida dos catadores relacionada ao trabalho com o lixo. Os resultados indicam que eles são, sobretudo, homens, com baixo nível de escolaridade, mais de 40 anos, possuindo um histórico em que suas ocupações são desvalorizadas e subalternizadas. Neste caso, nossas análises consideraram os fatores inerentes à atividade do lixo: baixos rendimentos, precárias condições de trabalho... E os gerados a partir dela: concorrência, solidariedade, estigmas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Carlos Antonio de Souza Moraes, Universidade Federal Fluminense (UFF)
    Bacharel em Serviço Social pela Universidade Federal Fluminense/Campos dos Goytacazes; Mestre em Políticas Sociais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense; Aluno especial do curso de doutorado em saúde pública pela ENSP/FIOCRUZ; membro do Grupo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisa em Cotidiano e Saúde; Professor Substituto pela Universidade Federal Fluminense/Departamento de Serviço Social de Campos; Professor da Faculdade Redentor em Itaperuna, ambas no curso de Serviço Social; atual coordenador do PROPESA (Projeto de Pesquisa em Segurança Alimentar) da Faculdade Redentor.

Referências

ARAÚJO, L.M.S. Trabalho, sociabilidade e exclusão social: o caso dos bagulhadores do lixo de Aguazinha. 1997. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Pernambuco.

AZEVEDO, V.G.; GONÇALVES, M. P.; JUNCÁ, D. A mão que obra no lixo. Niterói: EDUFF, 2000.

BASTOS, V.P. Catador: Profissão. Um estudo do processo de construção identitária do catador de lixo ao profissional catador. Jardim Gramacho, de 1995 aos dias atuais. Tese (Doutorado) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2008.

FERREIRA, R.M.F. Meninos de rua: expectativas e valores de menores marginalizados em São Paulo. São Paulo: CEDEC/CJPSP, 2005.

GONÇALVES, R.S. Catadores de materiais recicláveis: trajetórias de vida, trabalho e saúde. 2004. Dissertação (Mestrado) - Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, FIOCRUZ, 2004.

JACQUES, M.G. Identidade e trabalho. In: CATTANI, Antonio David (Org.). Trabalho e tecnologia: dicionário crítico. Petrópolis: Vozes; Porto Alegre: Ed. Universidade, 1997.

JUNCÁ, D.C.M. Trajetórias de sujeitos no lixo. Serviço Social & Sociedade, Cortez, n. 84, p.167 – 182, 2005.

JUNCÁ, D.C.M. Mais que sobras e sobrantes: trajetórias de sujeitos no lixo. Tese (Doutorado) - Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, FIOCRUZ, 2004.

LAUTIER, B.; PEREIRA, J.M. Representações sociais e construção do mercado de trabalho: empregadas domésticas e operários da construção civil na América Latina. Cad. CHR, n.21, p.121-151, 1994.

MELMAN, C. Alcoolismo e toxicomania: uma abordagem psicanalítica. Temas, v.23, n. 45, p. 41– 49, 1993.

VELHO, G. Observando o familiar. In: NUNES, E.O. (Org.). A aventura sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social. Rio de Janeiro: zahar, 1978.

VELLOSO, M.P. Os restos na história: percepções sobre resíduos. Ciência e Saúde Coletiva, v. 13, n. 6, p. 1953–1964, 2008.

Downloads

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

MORAES, Carlos Antonio de Souza. Catadores da sobrevivência: a “matéria viva” no cenário do lixo. Revista Vértices, [S. l.], v. 11, n. 1/3, p. 109–124, 2010. DOI: 10.5935/1809-2667.20090009. Disponível em: https://editoraessentia.iff.edu.br/index.php/vertices/article/view/1809-2667.20090009.. Acesso em: 22 nov. 2024.